POIS É, COLÔMBIA... (2022)

As fotos todas são de 3/12/2022, por Jurandir Junior

No último 2 de dezembro, o sr. Jurandir Junior gentilmente enviou-me uma série de fotografias tomadas nesse dia da estação ferroviária de Colômbia, da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro. A estação foi aberta em 1929 e, na época, pertencia ao município de Barretos.

Esta estação fechou para trens de passageiros em 1979, já em tempos da FEPASA. Desde lá. não recebeu qualquer tipo de melhoramento, nada. Como estava, ficou. Possivelmente foi trancada, como se fazia com as diversas estações que nos últimos vinte anos foram desativadas. 

Se foi realmente fechada, não demorou muito e foi aberta à força. Começou ali o vandalismo, que, aliado à falta de manutenção e ao abandono, trouxe-a a uma situação de depredação em toda a área, desde os prédios ali existentes até o pátio ferroviário, com trilhos, desvios e outros artefatos que a via férrea exige.

O prédio, com uma arquitetura típica da época e de muito bom gosto, continuou de pé, milagre de  Deus. 

A cidade de Colômbia fica próxima à estação, que dista cerca de 600 m do rio Grande e este faz a divisa entre os Estados de São Paulo e Minas. Ali terminava (e ainda termina) a linha-tronco principal da antiga Companhia Paulista. A ferrovia tinha um projeto para atravessar o rio e seguir para Frutal, cidade já no Estado vizinho. A revolução de 1930 adiou e posteriormente acabou com as intenções da ferrovia.

Apesar de contar com os trens, o que era o pequeno povoado de Porto Cemitério (que nome, hein?) logo mudou a denominação, adotando, como dizem alguns na cidade, o nome de um engenheiro colombiano que teria sido o chefe das obras na construção da ferrovia. Alguns também dizem que era o engenheiro que fumava cigarros colombianos. Vá saber.

Trens cargueiros continuaram a marchar pelos trilhos até Colômbia, mas cessaram nos anos 1990.  Não que tripulações de cargueiros nessa época se importassem com os prédios ali existentes.

Eu conheci a estação em 1999 e voltei lá em 2001. Por falta de oportunidade, não a visitei mais. Porém, colaboradores do meu site de estações ferroviarias mandam-me fotos por diversas vezes. Devemos esperar por alguém para conservar o verdadeiro parque que se encontra ali e quie um dia foi movimentadíssimo pelo menos nos horários de trens? Já que não há mais trens por lá, não dava para algum visionário ter a brilhante ideia de recuperar tudo ali para outros usos nobres?