ACIMA: Trem de passageiros da EFVM em estação não identificada parado em estação não identificada (Revista Ferrovíaria, foto Edesio Ferreira)
Em 20 de dezembro último (dois dias atrás) a Estrada de Ferro Vitoria-Minas anunciou no jornal O Estado de Minas que a circulação do trem estava "suspensa por tempo indeterminado".
Nos anos 1960 até os anos 1990, uma notícia como esta aterrorizava passageiros dos trens brasileiros, pois uma notícia como esta significava uma grande possibilidade de que o trem fosse suspenso temporariamente, graças ao estado das ferrovias, tanto fisicamente quanto economicamente. A lista de exemplos seria muito extensa para ser colocada aqui.
Nos meus livros "Um dia o ttrem passou por aqui" e "O desmanche das Estradas de Ferro Paulistas", o tema é abordado de forma contundente.
A prática de encerramento de atividades continuou de forma que, hoje, somente existam raríssimos trens de passageiros - o Vitória-Minas é um deles. E não vai parar por causa desde aviso do dia 20 de dezembro: o fato ocorreu devido às intensas chuvas que caíram sobre Minas Gerais durante a semana, com alagamentos e desbarrancamentos em certos trechos. Não consegui notícias dos lugares onde isto tenha ocorrido, mas parece que a região de Governador Valadares tenha sido uma delas.
O tempo previsto é indeterminado, pois os reparos na linha não seriam poucos e tomariam algum tempo. Se a chuva parar, os reparos serão mais rápidos. A Vale, proprietária da linha, informou também que o ramal de Nova Era a Itabira também está com o tráfego suspenso.
Os trens de passageiros que existem hoje, além do já citado, são o da ferrovia de Carajás, no Maranhão e Pará, alguns trens turísticos que rodam em fins de semana (geralmente em trechos curtos) e os trens metropolitanos, que em muitos casos são sobreviventes de trechos maiores que foram encerrados, sobrando apenas os trechos urbanos e dividem as atividades com os metrôs (São Paulo, Rio de Janeiro e outros).
Sempre vale a pena citar que muitas ferrovias de longo alcance seguem operando somente com trens cargueiros. A própria Vale também opera com cargueiros (aliás, sua principal fonte de renda no setor de transportes), mas existem outras em Minas, São Paulo, Rio de Janeiro e em outros Estados que operam apenas com trens de carga. (MRS, Rumo, VLI, Transnordestina e outras).
Eita e como seria bom se existissem trens partindo de Ribeirão Preto rumo a Santos, Campinas, Uberaba, Uberlândia, Belo Horizonte, Brasília, Poços de Caldas e sei lá até para a lua.
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