Hoje recebi fotografias de um local onde jamais estive: Estação de Riograndina, na Leopoldina, num ramal que foi chamado de linha do Cantagalo e que, depois de pronto e já com a Leopoldina como dona, funcionou da estação de Porto das Caixas, em Visconde de Itaboraí, até a estação de Portela, às margens do rio Paraíba do Sul. A estação fica no Estado do Rio de Janeiro, no distrito de Riograndina, no município de Nova Friburgo.
As fotos foram enviadas por Nelson Pereira Mendonça Junior, a quem agradeço.
Bom, tudo acabou em 1967. Hoje, a situação é a mesma: antigas estações foram demolidas, outras estão abandonadas, outras têm usos que nada têm a ver com estradas de ferro.
De ferrovia mesmo, somente lembranças.
As fotos de Riograndina, que já se chamou um dia Rio Grande mas teve de mudar de nome, mostram uma situação curiosa: a estação estava praticamente encostada a uma ponte de ferro, o que sugere que qualquer manobra do trem teria de contar com a ponte para fazê-la. Além do mais, um trem mais longo teria de talvez fazer passageiros descerem fora da plataforma de desembarque.
Curiosidades de um Brasil que não existe mais. Hoje, estações de passageiros ativas no Brasil são muito poucas. por que não há mais quase trens de passageiros: as que funcionam são geralmente ou paradas simples (uma simples plataforma com cobertura, ou às vezes até sem) ou prédios completamente diferentes, com arquitetura em concreto, bastante funcionais mas sem a graça de outrora.
Belas fotos Ralph. Também é possível atravessar a ponte pelo Google Street View. É mais fácil achar a estação no Google Earth colocando as coordenadas na barra de endereço: 22 11 48 S 42 30 37 W
ResponderExcluirParece que os arcos foram colocados sobre a ponte depois da desativação da linha. São muito baixos para que uma locomotiva ou um carro de passageiros passasse sob eles.
ResponderExcluirDepois de atravessar a ponte e chegar à estação de Riograndina, parece que o trem fazia uma curva de 180 graus à esquerda seguindo pela atual rua Francisco Fernandes Barradas, continuava pela João Fernandes Barradas, rua Vitória e rua Maguary. Seguindo por esta rua Maguary pelo Street View dá para ver que em um certo ponto ela é apenas um corte ferroviário típico. Mais para a frente há o entroncamento dela com a rua Aureliano Barbosa Farias (RJ-148) e depois a linha seguiria pela rua Francisco Luís Fernandes até a rua José de Queirós onde ficaria a estação de Conselheiro Paulino. Medindo esse caminho pela régua do Google Earth, a distância de 7.200 metros, à partir de Riograndina, fica mais ou menos em frente ao campo de futebol de Conselheiro Paulino.
ResponderExcluirO ramal de Sumidouro saia de Conselheiro Paulino pela estrada da Fazenda da Laje. Ela também cruzava o rio Grande por uma ponte de ferro que fica nas coordenadas:
ResponderExcluir22 12 17 S 42 33 34 W
Essa ponte rodou com as enchentes de 2011. Sobraram a coluna central e as cabeceiras.
ExcluirAs colunas da ponte seca que aparece numa das fotos da estação Sumidouro RJ, no site Estações Ferroviárias, estão nas coordenadas:
ResponderExcluir22 05 51 S 42 37 29 W