domingo, 15 de dezembro de 2013

A REGIS BITTENCOURT TEM 53 ANOS

Folha de S. Paulo, 28/1/1960: um comparativo entre a estrada velha e a "nova".
Já andei de carro e de ônibus pela Regis Bittencourt fiversas vezes. Atualmente, se tenho de ir para Curitiba ou Jinville, prefiro ir de carro a usar o avião. Se vou de ônibus, alugo carro se necesspario nos destinos.

Ainda mais agora que, a despeito do eterno afunilamento na Serra do Cafezal, entre Juquitiba e Miracatu, toda a estrada possui hoje pista dupla. Não é nenhuma maravilha, apesar de ter pedágio (embora o pedágio seja barato porque a rodovia é federal), mas é uma estrada gostosa de trafegar.

O trecho mais chatinho é o do Vale do Ribeira, meio tedioso. O prêmio passa para a serra do Cafezal quando está congestionado. A maior cidade desse trecho, e que já alcançou a estrada, é Registro. A ferrovia Santos a Juquiá, onde reduzida a trilhos abandonados, acompanha de perto a rodovia desde Pedro de Barros (na baixada da serra) até Cajati, que não aparece no mapa acima, mas é logo depois de Jacupiranga no sentido Curitiba.

Mas, com todos os defeitos da Regis, uma parte da BR-116 que liga Fortaleza, CE, ao sul do Rio Grande do Sul, leela ainda é muito melhor que suas duas antecessoras: a ida para Curitiba via Sorocaba-Itararé-Ponta Grossa (bonita, mas muito comprida) e a que era a oficial até 1960, que seguia via Sorocaba, Capão Bonito, Apiaí e Ribeira, mais curta que a outra citada, mas 130 km mais longa que a atual. Além disso, há um trecho dela, na região de Ribeira, tanto no lado paulista quanto do paranaenses, que só foi asfaltada no início da primeira década deste prédio.

É por isso que o trecho paulistano da atual Raposo Tavares se chamou por muito tempo de avenida São Paulo-Paraná.

Para se ter uma ideia, Curitiba ficou meio isolada do mundo por um bom tempo (meu avô dizia isso), pois a ferrovia era uma porcaria (parava em tudo que era caixa d'água, principalmente no trecho paranaense e tinha curvas a mais não poder). A estrada de ferro sempre saiu pela Sorocabana, entrando no ramal de Itararé, e, na estação terminal do ramal, mudava para a RVPSC - Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, seguindo para Ponta Grossa e de lá para Curitiba. Também era demorada e muitas vezes com longas paradas em Ponta Grossa, incluindo o pernoite. E, de navio, havia de descer em Paranaguá partindo de Santos e subir a serra da Graciosa, muito graciosa, realmente, mas demorada feita a peste.

Por isso, foi um grande avanço a entrega da rodovia Regis Bittencourt em 1960. E, em 1983, meu pai e família toda fomos a Porto Alegre pela primeira vez por ela, de carro - mais precisamente, com a primeira Kombi que ele teve.

Nos últimos anos usei bastante a Regis; a última vez foi em agosto deste ano, seguindo para Joinville. Porém, as obras de duplicação da Serra do Cafezal seguem a ritmo Brasil de Dilma: ou seja, a lentidão total e umas placas anunciando obras onde você não vê movimento algum de trabalhadores.

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