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No final de novembro do ano de 1945, o Presidente Getúlio Vargas foi deposto, mesmo tendo prometido eleições presidenciais para 1946 e com isso ele mesmo decretar o fim do Estado Novo, este implantado por ele mesmo em novembro de 1937.
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Uma das diversas consequências desta deposição foi a imediata discussão sobre o tema da devolução do jornal paulista O Estado de S. Paulo aos seus donos originais, no caso, a família Mesquita. A intervenção havia sido decretada em 1940 por ordem de Adhemar de Barros, então interventor federal no estado. Não muito tempo depois, Adhemar foi "deposto" por Vargas, mas a intervenção no jornal seguiu em frente.
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Em 1943, meu avô Sud Mennucci, que havia trabalhado como redator no jornal de 1925 a 1931 a convite dos Julio de Mesquita pai e filho, foi convidado para ser diretor do jornal sob intervenção e aceitou. Ficou no cargo até o dia 29 de novembro de 1945, quando, diante das circunstâncias, pediu demissão.
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Infelizmente, este cargo aceito deu origem a uma briga entre ele e os Mesquita. Pode até ter sido não pelo fato de ter aceitado ser diretor (há uma frase dita por minha mãe, filha dele, que diz que Julio de Mesquita Filho teria dito a ele em certa ocasião, "melhor o jornal nas mãos dele - meu avô - que de outro"), mas porque Sud teria (teria mesmo?) defendido a manutenção do jornal nas mãos do estado paulista.
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Durante os dias entre a deposição de Vargas e a retomada do jornal pelos Mesquita, um mês e pouco (29 de outubro a 6 de dezembro de 1945), houve uma batalha nos jornais de todo o país acerca de ser correta ou não a devolução do jornal. O próprio jornal O Estado de S. Paulo chegou a publicar opiniões contrárias à devolução para a família Mesquita, e isto apenas dois dias antes da efetiva devolução.
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Algumas notícias sobre esta discussão são publicadas aqui. Num país ainda sob censura, notícias de jornais não são, isoladamente, motivos para conclusões. Mas algumas delas são mostradas acima.
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