domingo, 24 de janeiro de 2010

VOLTA A JOINVILLE

Estação de Araquari em 22/1/2010. Foto Ralph Giesbrecht
Depois de muitos anos, visitei novamente a terra natal de minha avó paterna e sua família: Joinville. Cheguei junto com meu filho Filipe lá por volta de cinco da tarde da última sexta-feira, dia 22. Infelizmente chovia sem parar. De qualquer forma, hospedado no centro da cidade num hotel antigo na rua 15 de Novembro, deu para perceber como a cidade mudou.

A quantidade de bons e renomados hotéis me surpreendeu. Para uma cidade de quase 500 mil habitantes (segundo estimativa do IBGE para 2005), é uma concentração bastante grande. Basta comparar com uma cidade como Ribeirão Preto, com pouco mais de 560 mil habitantes, que não tem nem sombra disso, embora seja maior. Eu diria que nesse quesito Joinville suplanta até mesmo a cidade de Campinas, com mais de 1 milhão e 70 mil pessoas. Creio que isso mostra a força do parque industrial da região de Joinville, única cidade no Brasil que é maior do que a capital de seu Estado, no caso Santa Catarina.

Como a maioria das cidades catarinenses que conheço, a limpeza e a conservação dos imóveis, bem como a preponderância das casas em estilo alemão, prevalecem. A cidade continua muito bonita e ainda lembra em grande parte a cidade que conheci nos anos 1950 e 1960, quando ainda era uma criança.

Mas como chove na cidade. Choveu até pelo menos o meio-dia do sábado, quando deixamos a cidade rumo a São Francisco do Sul. No centro histórico, demos uma volta grande, passando por praticamente todas as suas ruas, com casas antigas, algumas ainda do século 19. Muito bonita. A estação ferroviária fica na entrada do porto da cidade. Ainda se conserva basicamente como era em 1906, quando foi inaugurado o prédio e a própria estação. Ainda funciona como uma. Uma pessoa da ALL lá estava acompanhando as manobras das composições, debaixo de uma chuva que não parava. Hoje a estação está cercada por um muro, que ultrapassamos depois de passarmos uma cancela com guarda na guarita.

As fotos que eu possuo do prédio mostram uma estação muito bem conservada externamente. Não está assim hoje, apesar de utilizada: as marcas de infiltração de água devem ter piorado com as últimas pesadas chuvas. Há plantas crescendo nas extremidades do telhado, mostrando que a umidade anda alta. Mas é um belíssimo prédio.

Finalmente, para seguir até Camboriu, passamos por Araquari, pequena cidade, hoje município, e também demos uma entrada para visitar a estação, pequenina e hoje ocupada pelo Corpo de Bombeiros Voluntário da cidade. Cidade muito tranqüila, onde apesar de ter composições passando pela linha principal, tem num de seus velhos desvios uma pequena locomotiva a vapor e um carro de passageiros exposto.

É uma satisfação voltar ao leste de Santa Catarina depois de muitos anos e conhecer cidades que eu jamais havia visitado, como as duas últimas.

2 comentários:

  1. Caro Ralph, Joinville não é a única cidade no Brasil maior que a capital do seu estado, Vitória, a capital do Espírito Santo, é a quarta maior cidade desse estado (atrás dos municípios limítrofes de sua região metropolitana: Vila Velha, Serra e Cariacica). Para se ter uma idéia: Vitória possui cerca de 320 mil habitantes, Cariacica cerca de 365 mil, Serra mais de 404 mil habitantes e Vila Velha mais de 463 mil, segundo estimativa do IBGE para 2009.

    ResponderExcluir
  2. É verdade, Lucas. Porém, Vitória não é normalmente citada pelo fato de essas 3 cidades com maior população serem limítrofes a ela, ou seja, cresceram porque Vitória cresceu. No caso de SC, Joinville fica bem distante da área metropolitana de Florianópolis e tiveram crescimentos independentes.

    ResponderExcluir