segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CAMBORIÚ – A SAGA DOS MUNICíPIOS BRASILEIROS

Anteontem segui viagem de Joinville para Balneário Camboriú, passando por São Francisco do Sul e Araquari. A chuva acabou e viajamos até Camboriú, que não é tão longe assim.

O hotel que reservamos para o pernoite era bem fubiqueta, mas para passar uma noite dava. Afinal, em Balneário Camboriú não havíamos conseguido a reserva, pois queriam que pagássemos três dias. Ora bolas, eu não precisava ficar três dias lá. Eu havia marcado um encontro com meu primo Alberto, que mora em Blumenau e estava lá no fim de semana. Afinal, não nos víamos havia mais de 30 anos (nossa!!!).

Foi ótimo o papo, depois de jantarmos no restaurante badalado de lá, o Chaplin, andamos por mais de duas horas pela praia, já à noite. Matamos as saudades de infância.

Agora, a história de Camboriú e de Balneário Camboriú é do tipo que escrevi no blog há poucos dias, sobre o problema das separações de municípios sem critérios no País. Balneário Camboriú separou-se do município de Camboriú há anos (não chequei exatamente quantos). A divisa é a rodovia BR-101.

Camboriú é o município original, que perdeu muita renda com o desmembramento do Balneário, e hoje é um município pobre. Praticamente conurbados, estava na cara que a solução não era essa, mas sim a mudança de sede de Camboriú para o Balneário sem separação de nada.

Porém, para que fazer isto, se agora foram criados novos cargos de prefeito, vereadores e secretários e, melhor ainda — para eles — mantidos os cargos antigos no velho município?

Enfim: um critério que interessa a gregos e troianos, no caso dos políticos. No caso do povo que mora nos dois municípios, nada mudou, exceto que agora se paga mais para sustentar os salários de dois municípios e não somente mais um.

Balneário Camboriú parece bastante organizado, muito limpo, como a maioria das cidades catarinenses, mas cheio de edifícios de apartamentos, ruas estreitas e congestionadas em fins de semana e dias de temporada. Uma mini São Paulo.

Não adianta. Nunca vamos aprender. E na hora em que Camboriú tiver estourado de tantos edifícios construídos, simplesmente vão transferir os prédios novos para outra praia ficar coalhada de prédios.

De Camboriú saímos ao meio-dia do domingo e seguimos para Florianópolis.

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