A estação de Fernandópolis, em abril de 2023, após o restauro (Foto da Prefeitura Municipal da cidade)
Duas notícias recebidas por mim por leitores de minhas postagens, um da cidade gaúcha de Cerro Largo e outro da cidade paulista de Fernandópolis, dão conta de como se tratam as estações ferroviárias desativadas nas ferrovias do Brasil.
Em Fernandópolis, a antiga estação da E. F. Araraquara, inaugurda em 1949, estava fechada e abandonada já havia muitos anos. No início de abril deste ano, a prefeitura reinaugurou o prédio totalmente restaurado. Segundo a notícia, ela vai sediar um museu ferroviário.
Já na cidade gaúcha de Cerro Largo, a estação estava em mau estado e servindo de abrigo para indigentes e sendo palco de crimes. Originalmente, a estação havia sido inaugurada próxima da data de elevação da cidade a município (1957), no ramal da Rede de Viação Férrea do Rio Grande do Sul (VFRGS). A população vinha pedindo providências. A Câmara de Vereadores se reuniu para discutir a sua demolição. O prédio ainda pertence à União.
A estação de Cerro Largo em 2023 (prédio à esquerda), vista aérea (Google Maps).
Dois tratamentos diferentes para duas construções com o mesma função original. Pergunto: se uma pôde restaurar a sua, por que a outra tem de ser demolida?
Estações ferroviárias, especialmente as que são as principais dos municípios, sempre foram um símbolo nas cidades, com sua constante manutenção obrigatória para a história da região e do Brasil. Não há como mantê-las íntegras para sempre?
Esperamos que os vereadores de Cerro Largo atentem para este fato.
Cabe ressaltar que por Fernandópolis ainda passam trens cargueiros. Já a linha que passa por Cerro Largo foi abandonada já há vários anos.
Porém, linhas abandonadas para linhas cargueiras ou de passageiros não justificam o descaso com a estação.
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