domingo, 27 de dezembro de 2015

A SÃO PAULO DESPOVOADA (I)

Mapas Sara Brasil (1930) e Editora Abril (2003).

São Paulo, em 1930, era um município que cerca de 60 a 70 por cento da área de hoje. Isto porque Santo Amaro não lhe pertencia (da atual avenida dos Bandeirantes para o sul, mais todo o Morumbi de hoje era de Santo Amaro) e o atual município de Osasco ainda era parte de São Paulo.

Sua população era de quase 900 mil habitantes em 1930. Mesmo assim, ainda havia grandes áreas vazias no município, concentradas principalmente nas atuais Zonas Leste e Norte.

Uma dessas áreas era a da avenida Itaberaba, na Zona Norte. É interessante ver como se encheu de ruas esta região a partir de mapas de 1930 e de 2003. De 2003 até hoje, pouco se alterou essa região, pelo menos no traçado das ruas, já saturado doze anos atrás.

A Estrada de Itaberaba teve o nome alterado para Avenida Itaberaba. Os córregos da Água da Pedra e do Cabuçu de Baixo (era Cabussu de Baixo) foram canalizados e entubados, dando origem, respectivamente, às avenidas João Paulo I e Inajar de Souza.

A imensa maioria das ruas existentes em 2003 nem existia em 1930. As poucas que existiam nem tinham nome ou tinham denominações diferentes da atual. A rua Parapuã, por exemplo, uma das mais importantes do bairro, não tinha nome algum, nem se sabe se já era transitável - mas o leito é mostrado no mapa de 1930. A igreja Santa Cruz de Itaberaba, na esquina da avenida Itaberaba com a rua Parapuã, era uma capela, cujo nome nem era citado no mapa antigo.

A Vila Brasilândia não existia.

Enfim, dá para se divertir, principalmente para quem conhece a região, bastante olhando os dois mapas.

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