segunda-feira, 5 de março de 2012

TUDO SE IMPROVISA, NADA SE RESOLVE

Neste final de semana novamente fomos, eu e Ana Maria, para Toque-Toque Pequeno, em São Sebastião, em casa de amigos. Belo lugar, calmo e sossegado, principalmente num final de semana comum sem estar em meio de férias.

O problema foi a volta. Nas outras vezes que fui, voltei em dias ou horários mais convenientes. Neste doimngo, a ideia era sair de lá no máximo às duas da tarde. Acabamos saindo às dez da noite porque o papo estava muito bom.

O dono da casa, que vai lá no mínimo uma vez por mês, disse que, pela experiência de mais de oito anos indo e vindo para lá, o problema seria em Boracea, Riviera de São Lourenço e no alto da serra de Mogi (fomos e voltamos pela Mogi-Bertioga). No fim, dois congestionamento "só": um em Boracea e outro no alto da serra.

Os dois gerados não só pelo excesso de carros, mas também por estupidez governamental. Ora, excesso de carros havia na estrada toda. Por que somente ali as coisas se complicam?

Em Boracea, praticamente uma linha reta à beira da praia, colocaram cerca de dezoito lombadas. Dezoito. Resultado: a velocidade se reduz tanto que o trânsito para. Quando anda, faz no máximo 5-10 quilômetros por hora. A partir da última lombada, acaba como por milagre o congestionamento. Ora, as lombadas são para proteger os pedestres. Meu Deus do céu, será que os pedestres são tão burros assim? Ainda mais, às onze da noite, quando praticamente tudo em volta estava já fechado - afinal, era domingo à noite. Fora o fato de que há relativamente poucas construções na estrada, ali - que é uma avenida urbana. Ora, prefere-se não educar o povo e, em troca, reduzir a quase zero a velocidade dos carros, ônibus e caminhões.

E quem mandou não construir uma estrada mais para dentro - a célebre Rio-Santos com alguns viadutos abandonados desde os anos 1970? (Se bem que: quer saber? melhor que não construam mesmo, assim se protege mais as praias entre Bertioga e São Sebastião das "belas torres de luxo"). Porém, que se eduque mais a população ensinando-os a atravessar a rua (ou ponha pelo menos alguma passarela, não é?).

No alto da serra da Mogi-Bertioga, o problema é claro: subi nove quilômetros sem problema algum em duas pistas ascendentes. Porém, quando chega o planalto, as duas postas viram uma - e tudo se afunila. É tão caro assim manter-se as duas pistas em cima????

Enfim, cheguei em casa - era mais de uma da manhã.

2 comentários:

  1. Este Ralph é o país da Copa do Mundo. Sem ferrovias, um sistema rodoviário exaurido, o hidroviário ineficiente, quaase sem hidrovias a educação cada vez mais sucateada, a segurança pública cada dia mais precária. Por isto digo "Brasil: Um país de Tolos!"

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  2. É, o trânsito........a um tempo atrás diziam que a velocidade média em São Paulo era 20 por hora, acredito que já tenha caído e muito. Hoje em dia temos que nos planejar e levantar mil preocupações só por causa do trânsito. Já pensaram como seria bom poder ir para um lugar a qualquer hora. Mas não, se voce tem que chegar as 9 em algum lugar, tem que sair de casa as 6. Mesmo se for em horários fora do pico, ainda não pode contar com conforto no transporte público.

    Pelos meus cálculos, em certos horários, voce chega mais rápido em um lugar indo de bicicleta, indo numa boa. Mas o transporte por bicicleta e o intermodal ainda é bem complicado e perigoso...não existe estrutura para o transporte alternativo. Se quiser pegar o metro com a magrela, tem que se virar pra ir, porque o metro não autoriza o acesso antes das 8 da noite....e pra voltar teria que esperar até as 8..se quiser fazer todo o percurso, terá que correr algum risco em meio aos veículos. E os trens da cidade sempre lotados. Acho que será necessário tudo parar de vez e explodir para que as prioridades sejam estabelecidas...

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