sábado, 14 de junho de 2014
A PONTE DO PIQUERI EM SÃO PAULO
Mapa da região, hoje. A ponte no centro é a ponte de 1964. A velha, claro, não existe mais. A rua que desce do norte para a ponte é a av. Edgar Facó. Ao sul da ponte, a ave. Ermano Marchetti. A rua Cel. Bento Bicudo, que dava na ponte velha, aparece, com nome, paralela à esquerda da av. Edgar Facó. Ao norte do rio, ao lado direito do trevo da ponte, veja a rua da Balsa, que em priscas eras levava a uma velha balsa que cruzava o rio e manteve seu nome. (Google Maps)
No dia 4 de outubro de 1964, o Prefeito Prestes Maia, no seu segundo mandato (o primeiro foi nos anos 1940), inaugurou a segunda Ponte do Piqueri sobre o rio Tietê, em São Paulo.
Curioso que o jornal que deu a notícia - Folha de S. Paulo - tenha-a chamado de "segunda" ponte, porque a primeira era um pontilhão de madeira que saía da rua Coronel Bento Bicudo. Não conheci essa primeira, mas entendo (e posso estar entendendo errado) que esse pontilhão seria apenas para pedestres... ou carros podiam passar por ele também?
A nova ponte tinha 280 m de comprimento (número duvidoso devido à má reprodução do trecho no texto), 25 metros de largura, canteiro central e passagens laterais para pedestres. Ou seja, era a mesma que ainda hoje está ali.
A ponte de madeira seria demolida logo depois, de acordo com reportagem do dia seguinte no mesmo jornal. Era um ponto de estrangulamento do rio, já então retificado então naquele ponto, mas que tinha de ser eliminado o mais rápido possível.
A vítima seguinte seria a ponte da E. F. Santos-Jundiaí, do século XIX e que também estrangulava o rio. Ficava alguns metros rio abaixo (lado esquerdo, na foto) do pontilhão de madeira. Porém, até então a Rede Ferroviária Federal não havia dado a autorização para a construção da nova ponte. E sem ela pronta, não se podia demolir a anterior e aumentar a vazão do rio. Demorou pelo menos mais 4 a 5 anos para a substituição. A ponte ferroviária atual aparece na foto acima.
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Interessante saber que havia uma ponte do Piqueri anterior... Sempre quis saber se havia no passado alguma ponte unindo a av. Raimundo Pereira de Magalhães, da Lapa ao Piqueri. Será que era essa mencionada por você? Uma correção na sua legenda: a "rua que desce do norte", em direção á ponte, não é a Inajar de Souza (que dá na ponte da Freguesia do Ó). É a Edgar Facó. Valeu!
ResponderExcluirUk, ZN, já corrigi no texto a avenida. Obrigado,
ResponderExcluirZN, eu me lembro que até os anos 1980, pelo menos, havia na Marginal Esquerda um pedaço que parecia de estrutura de ponte do lado direito da via incrustrado em meio 'as construções e bem junro 'a Raymundo (estrada velha de Campinas). Mas se a reportagem diz que a ponte anterior era de madeira... fica a dúvida.
ResponderExcluirOlá Sr.Ralph. Encontrei no Facebook uma página chamada "Maravilhas do Bairro Pirituba-Jaraguá"(seção fotos antigas) que deve esclarecer algumas de suas dúvidas.Existia uma ponte na R.Coronel Bento Bicudo e também uma improvisada com tambores e madeira na Av.Raimundo P.de Magalhães.Minha mãe e meu avô faziam uso dela para chegar até o bairro Anastácio onde meu avô vendia cebolas em uma feira.
ResponderExcluirA Raimundo Pereira de Magalhães era a estrada de Campinas e começava na rua Gago Coutinho, na Lapa, é claro que ela tinha uma ponte para automóveis, ônibus e caminhões no rio Tietê. Com a retificação do rio a ponte foi abandonada/demolida e não construíram outra no lugar (agora estão construindo). Na Coronel Bento Bicudo o rio fazia uma curva em formato de parábola com o vértice para o sul. Neste ponto é que ficava a ponte, perto da rua Félix Guilhem na Lapa de Baixo. Era uma ponte não só para pedestres mas também para veículos. Até muitos anos após a retificação do Tietê o trecho da Cel.Bento Bicudo entre a Marginal e a Felix Guilhem manteve o mesmo nome. Só há uns quinze anos que o nome mudou para Werner Von Siemens.
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