sexta-feira, 4 de outubro de 2013

OS AUMENTOS DE SEMPRE: GOVERNOS NÃO MUDAM

Prefeito Malddad anda de ônibus pela primeira vez em 10 meses como prefeito em São Paulo, e adorou. Eta populismo. Quero ver andar todosos dias! (Foto Diario do Litoral, Santos, 4/10/2013)

Pronto, Fernando Malddad, pau-mandado do Lula e de dona Dilma, mal chegou e já quer aumentar o IPTU da capital paulista. E, como sempre, muito mais do que a inflação.

As perguntas são sempre as mesmas, para todos os aumentos governamentais:

1) O que os justifica?

2) Por que todo ano as tarifas em geral têm de ter aumentos?

3) Por que jamais se faz o que o povo quer e não o que somente o governo quer?

4) Por que a Câmara de Inút... quero dizer, de vereadores, sempre aprova os aumentos de IPTU e outros?

5) Por que há donos de imóveis que não pagam IPTU somente porque sua casa vale, pelo menos teoricamente, menos do que as que pagam?

6) Por que um aumento de IPTU tem como uma das justificativas subsidiar o não aumento das passagens de ônibus? Soa como "vingança contra a elite" (a elite tomadora de ônibus, nem entendido). Aliás, o PT é um partido que abomina quem trabalha para ganhar dinheiro e se sustentar.

7) Por que, se a cidade realmente (eu escrevi realmente) precisa de um aumento de arrecadação, isto tem de sair do IPTU? Ou seja, por que não sai, por exemplo, da diminuição ou mesmo eliminação do salário dos 55 vereadores (creio que o número é este), muito alto para o padrão médio salarial dos trabalhadores assalariados? Por que não se elomina sua verba de representação, sempre também em valores altíssimos? Afinal, vereadores paulistanos são sinônimos de inutilidade!

8) Por que a arrecadação do IPTU é sempre (muito) maior do que a inflação e o salário, por exemplo, dos professores nunca aumenta mais (às vezes nem isso) do que a inflação?

Há outras perguntas, certamente. Mas a pergunta 5 sempre me intrigou. Se todos pagassem o IPTU, todos, em teoria, pagariam menos. E todos deveriam pagar baseados na premissa de área de terreno e área construída.

Ah, dirá o governo, mas na Paulista o terreno vale mais do que em Ermelino Matarazzo. Bom, um dos motivos pelos quais vale mais a Paulista é que o governo municipal investe mais na Paulista. Mas por que não se investe igualmente em todos os bairros e distritos paulistanos? O que justifica concentrar mais investimentos em determinados locais e menos em outros? Ora, todos têm de pagar imposto. Não vejo absolutamente nenhum motivo para uns pagarem nada e outros, pagarem algo - algo que às vezes é alto demais. Quem não paga tende a não cuidar do que têm em termos de direitos dados pelo governo.

E sobra mais uma pergunta, que sempre fiz a mim mesmo e a alguns políticos que encontrei: por que uma casa que sempre foi da mesma família, seja em Itaquera ou no Morumbi, tem de ter o imposto aumentado, enquanto é a própria família - sustentando aqui os adquiridos por herança - é que a usa? Para mim, estaria talvez correto aumentar de um suposto comprador que venha a adquirir a casa. Se ela valorizou centenas de vezes durante a posse de uma determinada família, o imposto nao deveria aumentar, pois a valorização é teórica - ela somente se efetiva quando há a venda desse imóvel. Agora, sim: o novo dono pagou mil vezes mais do que o dono original pagou pelo terreno, então quem deve ter o aumento de IPTU é justamente o sujeito que pagou a fortuna pedida pelo vendedor, que, lógico, deixará de ter responsabilidade sobre esse imóvel e vai morar em outro lugar.

Gostaria muito de ver a população se revoltando como o fez em junho passado nas ruas, contra este assalto de IPTU. E que o Sr. Malddad veja que não somos mais trouxas.

Isto acontecerá? Bom, ponha as barbas de molho, prefeito. E, se não estiver mais a fim, que caia fora. O Brasil que tem cérebro agradece.

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