sexta-feira, 16 de novembro de 2012

AVENIDA RIO BRANCO, SÃO PAULO

 Folha da Manhã, 25/1/1950 - inauguração da avenida
Uma das avenidas mais feias de São Paulo completará 63 anos de idade no próximo dia 25 de janeiro de 2013. Trata-se da avenida Rio Branco.

A avenida começa hoje no largo do Paissandu e termina na alameda Eduardo Prado, na Barra Funda. No século XIX, chamava-se rua dos Bambus. Rua estreita, deacordo com velhos mapas da cidade. Depois, talvez em 1912, com a morte do Barão do Rio Branco, tomou seu nome. Porém, a rua aparece em alguns mapas antigos como Visconde do Rio Branco. Às vezes, como alameda e não rua. Quanto ao nome "Campos Elíseos", não pegou. Logo o nome voltou a homenagear o Barão, agora como avenida e sem o título nobiliárquico.

No final dos anos 1940, decidiu-se por seu alargamento: construção de três pistas de cada lado com um canteiro central. E isso foi feito. Seu nome, com a inauguração em 25 de janeiro de 1950, passou a ser Avenida dos Campos Elíseos, pois passava por esse bairro. O alargamento foi feito até a Praça Princesa Isabel, na esquina com a avenida Duque de Caxias.

O trecho restante, estreito, até a passagem de nível sobre os trilhos da Sorocabana e da SPR, conitnuou a chamar-se rua Barão do Rio Branco. Porém, com o tempo, foram colocadas placas de avenida Rio Branco, mesmo sem o alargamento. Eu me lembro de passar por ela no início dos anos 1960, com meus dez anos de idade, e ver essas placas.

Nos anos 1960, por volta de 1965, começou o alargamento do trecho entre a praça e a alameda Eduardo Prado, ao mesmo tempo em que se construía um viaduto sobre a linha do trem - que passa logo após a alameda - para uni-la com a avenida Rudge, do outro lado da linha, uma rua que também estava sendo alargada.

Hoje, a avenida é uma artéria degradada nos bairros de Santa Ifigênia, Campos Elíseos e Barra Funda. Sobraram alguns casarões, algns deles restaurados e muito bonitos. No trecho após a praça Princesa Isabel, há também bons prédios de apartamentos. No trecho alargado em 1950, no entanto, há diversos prédios de apartamentos e de escritórios em mau estado. Alguns, até abandonados. Os frequantadores da avenida não são, digamos, gente muito agradável. Alguns vêm da cracolândia. A degradação é nítida, dos sobrados e edifícios. Uma pena, realmente.

Um comentário:

  1. Uma das poucas coisas boas da Avenida é um pequeno restaurante árabe, o HABIB ALI:

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/comida/60810-restaurante-arabe-sacia-por-r-10.shtml

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