Hoje estive no largo da Batata. Como eu já falei antes aqui, o Largo da Batata, em Pinheiros, cidade de São Paulo, é um local meio indefinido, com um nome que jamais foi oficial - portanto, não procurem por uma placa com esse nome.
Ele se parecia mais com um pequeno largo antes de a avenida Faria Lima passar por ali, pegando o leito da rua Miguel Isasa e alargando-a até desaparecer todo o seu lado par. Hoje, o seu antigo lado ímpar foi renumerado (no lado par) para o leito da avenida.
Com isso, virou um canteiro de obras nos últimos anos, com as obas do metrô, da linha 4. A estação Faria Lima, já aberta e funcionando, era para ter o nome do antigo largo - mas nem na estação seu nome acabou sendo colocado. Logo ele será apenas uma lembrança longínqua na mente de poucos paulistanos, até desaparecer de vez.
O mesmo vai certamente ocorrer com as casas desse lado da Miguel Isasa - totalmente deterioradas, eram pequenas residências geminadas ou semi-geminadas que gradativamente foram se transformando em pequenas lojas, galpóes e oficinas. A sujeira do local é terrível. E não estou falando somente do pó das obras e do seu entulho. Falo de lixo jogado pelas pessoas que não se incomodam, mesmo, com a aparência das calçadas e das próprias casinhas.
A tendência, do lado da estação, é que elas sejam demolidas em pouco tempo. Não se sabe o que é pior: as casas e a sujeira de hoje ou os edifícios de escritórios que deverão surgir ali, tornando tudo totalmente impessoal e acabando com o trânsito de uma vez por ali.
No duro, mesmo, a solução dos utópicos sonhadores como eu e algumas pessoas que conheço seria a restauração das casinhas, a construção de jardins e a manutenção de uma limpeza impecável. Infelizmente, porém, a especulação imobiliária e a apatia do povo não vai permitir isso. Vão ficar as fotos que ingênuos como eu tiram de vez em quando, como a que está ali em cima desta postagem.