O antigo Grupo Escolar de Itatinga - foto minha
No último sábado, dia 7 de novembro, cheguei a Itatinga às 9 e meia da manhã e fui diretamente para o auditório de uma escola municipal para atender a um evento onde eu seria um dos discursantes.
O anúncio do evento
Eu sabia que o evento já deveria ter começado, como de fato aconteceu, mas a primeira palestra começou depois de minha chegada.
Mapa da região (Wikipedia)
Ali se encontravam pessoas de Itatinga, na sua maioria, e de Botucatu e Avaré, e talvez algumas de outras cidades vizinhas, como Pratânia, Guareí, Pardinho e Quadra, nomes que foram, pelo menos, citados.
No topo da pequena ladeira, onde está um carro indo em sentido contrário, ficava a antiga estação do pequeno ramal que foi desativado em 1953. Foto minha
As palestras todas foram de alto nível. A melhor foi, sem dúvida, a que versava sobre a história das cidades da região de uma forma rara, ou seja, contando-a desde o século XVI até o século XX de uma forma coesa, sem se centrar em uma cidade ou outra, já que a história de todas elas está entremeada uma nas outras.
Outros palestrantes, também muito competentes, falaram sobre Itatinga, Avaré, o distrito de Lobo, a fazenda Morrinhos e a história da região em fotos antigas, tanto da zona rural quanto da urbana.
O diploma
Eu falei sobre a história da Sorocabana na região, os problemas enfrentados e algo sobre os seus ramais lenheiros, típicos da região.
Um dos poucos e belos casarões que restaram em Itatinga. Foto minha
No final, um bate-papo com os palestrantes foi muito bom. E os parabéns à iniciativa.
É evidente que uma volta pela cidade de quase 20 mil habitantes mostrou que os edifícios mais antigos são raros, embora existam. A escola estadual (o velho Grupo Escolar) centenária está fechada e em semi-abandono aguardando restauro. Há dúvidas se, mesmo restaurada, abrigará novamente. Com um dos palestrantes, fui ao local onde a estação do ramal (que funcionou de 1914 a 1953) um dia esteve erigida - foi demolida em 1961 para que a rua que terminava à sua frente, vinda da praça da Bandeira, fosse prolongada. O prédio, outrora muito bonito, não resistiu à fúria do prefeito de então e à indiferença da população, que, a essa altura, já tinha uma outra estação, de madeira e na linha-tronco da Sorocabana, estação esta que pegou fogo, foi substituída por uma de alvenaria, que foi demolida, dela, nem a plataforma restou.
Aliás, linha que não vê trens há meses. Não há mais tráfego ferroviário entre Rubião Jr. e Presidente Epitácio, graças ao descaso das concessionárias e o descaso dos governos federal e estadual.
Outro casarão da cidade. Foto minha
Tive de dormir na cidade, pois saí do evento muito mais tarde do que imaginava. Fiquei numa pousada mantida pela Abadia da cidade: a Casa São Liborio, um predio pequeno, térreo, mas com seis quartos com camas patente, janelas e portas de madeira e que deve tger sido construído na primeira metade do século XX. Muito simpático, fica no meio de um enorme jardim extremamente bem cuidado.
Enfim, valeu a pena para todos.
terça-feira, 10 de novembro de 2015
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