sexta-feira, 10 de outubro de 2014

E SÃO PAULO CONTINUA SE AUTODESTRUINDO

Hoje li uma notícia que afirmava que a Prefeitura quer proibir "mega-empreendimentos" de 30.000 metros quadrados ou mais para evitar a construção de conjuntos de edifícios residenciais, de escritórios ou mesmo shopping centers e igrejas (vide Templo de Salomão), por que isso sobrecarrega a infra-estrutura existente nos bairros, fora que está cada vez mais gerando reclamações da população que mora em volta.

Ora, venho falando isso há anos (mas ninguém liga, pois não sou nenhum sujeito famoso. Talvez agora tenha atrapalhado a vida de alguém mais poderoso...) e nada é feito, muito pelo contrário, a situação somente piora.

Eu particularmente duvido que isso vá para a frente. Parece-me mais uma forma de agradar parte da população prejudicada, mentira eleitoral, essas coisas. Afinal de contas, o prefeito que temos em São Paulo é um incompetente de marca maior. Como poderia ele ter uma ideia dessas e ainda por cima, colocá-la como projeto de lei e no final ainda aprová-la? Parece um sonho. E deverá ser um sonho, mesmo.

Enquanto isso, mesmo com a crise na venda e aluguel de imóveis chegando cada vez mais perto, os imóveis mais antigos (e pequenos) continuam indo ao chão, para a construção de edifícios em tudo quanto é bairro, rico ou pobre... ou, principalmente, de classe média.
Foto de 1970: acervo Valeria Bonfim O prédio de 3 andares ao lado também foi demolido.
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O exemplo que pomos aqui não dará surgimento a um "mega-empreendimento", não tem área para tanto, mas já atrapalhará bastante quando estiver em construção e, principalmente, depois de pronto.

Atualmente o local, que demoliu cerca de seis imóveis na esquina da avenida Brigadeiro Luiz Antonio com a rua Caconde, está vazio, cercado por um tapume, aguardando ou um estacionamento provisório ou já o início das obras. Será um prédio e não será baixinho. E a área não é pequena, embora não chegue perto dos 30 mil citados acima.

A fotografia antiga mostra um dos prédio, de dois andares e de esquina, no início dos anos 1970. A outra, tirada por mim, há cerca de um mês, no início da demolição. Como costumo dizer, o prédio, que em 1970 abrigava um bar no andar de baixo, não é nenhuma maravilha arquitetônica, mas abrigava apenas um número reduzido de pessoas por ali.

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