Estação de São Francisco, em Alagoinhas, interior da Bahia, em foto que tirei nessa viagem
Em janeiro de 2005, voltei de uma estada de uma semana e meio em Salvador e adjacências e escrevi uma mensagem para alguns amigos que também são "ferroviaristas". Já são sete anos desde então. Eu questionava a posição da imprensa baiana. O título da mensagem era o mesmo desta postagem de hoje.
"Estou de volta de uma semana em Salvador, aliás, 9 dias, dos quais trabalhei atendendo um casal de espanhóis e durante duas manhãs, eu me dediquei a visitar o interior mais próximo do Estado da Bahia e fotografar, claro, o que restou das estações ferroviárias da antiga Leste Brasileiro, hoje concessionado à FCA.
Não deu para andar no trem de suburbios da CBTU, Salvador-Paripe, infelizmente, pois embora o percurso seja muito bonito, costeando o mar na parte leste da Baía de Todos os Santos, hoje passa por locais pobres, que até 30-40 anos atrás eram áreas de casas de veraneio do pessoal mais abastado de Salvador.
Deu para sentir, também, que, para o povo de Salvador, o Estado da Bahia tem mais ou menos os seguintes limites: do Pelourinho para Itapoã, dali para as praias do norte, e depois, alguns enclaves das praias do litoral sul. O resto, Alagoinhas, Feira de Santana, Vitória da Conquista e outras cidades maiores e menores parece simplesmente não existir.
Também não parece existir nada ao norte do Mercado Modelo, na Cidade Baixa. Como a estação da Calçada, de onde partem os trens de subúrbio, fica a cerca de 2 quilômetros para o norte, atualmente ninguém se importa com ela e toda essa grande área costeira é hoje semi-abandonada.
Apesar disso, eu fui lá conferir e fotografar a fachada frontal e lateral. Não deu para entrar infelizmente, pois somente consegui alguma folga para isso no fim de semana e, meio vazio, o lugar fica barra pesada. E também seria provável que o pessoal da CBTU, que opera o trem, não me deixasse fotografar lá dentro.
Então, fiquem com as fotos da fachada mesmo.
Quanto ao interior, onde me meti fotografando, só mesmo indo até lá para ver, pois, no jornal, não aparece nada. Uma das exceções foi uma reportagem sobre o aeroporto da cidade de Barreiras, que fica não muito longe da divisa da Bahia com Goiás, que depois eu mando para vocês, já que alguns vão achar interessante. Da Bahia não aparece nada sobre o interior, apesar de o jornal de hoje, só para me desmentir, tenha publicado uma reportagem sobre cultura de café no município baiano de Luiz Eduardo Magalhães, que aliás é perto de Barreiras".
É até possível que quem me leia agora discorde do que notei há sete anos atrás e que outros achem que isso ocorre na maioria dos estados brasileiros. Não sei não. Na Bahia, pareceu-me notório.
terça-feira, 10 de julho de 2012
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