sábado, 21 de janeiro de 2012

PEDREIRA, SÃO PAULO

Prédio que abriga hoje a Prefeitura Municipal, construído em 1834.

O nome "Pedreira" deve existir em inúmeros locais do Brasil. Em cada lugar onde um dia existiu (ou ainda existe) uma pedreira, este nome acaba por extrapolar os limites do empreendimento em si. Assim, existe um bairro da Pedreira em São Paulo (está one hoje acaba a Marginal do Rio Pinheiros, ou a avenida das Nações Unidas, ao sul do cruzamento desta com a avenida Interlagos), existe o bairro da Pedreira em Cajamar e inúmeros outros.
A estação de Pedreira (bem a direita) e seu pátio, sentido Jaguariúna. Hoje aí passa a rodovia e há muitas casas ao redor, principalmente servindo como lojas de objetos de cerâmica.

Lá entre as cidades de Jaguariúna e Amparo, no que antigamente era o ramal de Amparo da Mogiana, existe a cidade de Pedreira. Neste caso, entretanto, o nome foge à regra: os fundadores, pai e filhos, tinham como segundo nome sempre "Pedro": João Pedro, Bento Pedro, Antonio Pedro e José Pedro. Daí nasceu "Pedreira".
Casarão que ariga um museu.

A cidade formou-se alguns anos após o surgimento da estação, que fora construída em terras da Fazenda Grande, dos "Pedros", no ano de 1875. Já em 1896, a vila ganhou o status de município, separando-se de Jaguai (hoje Jaguariúna). Às margens do rio Jaguari, quem desembarcava na estação da Mogiana deveria ter uma belíssima vista do rio e dos poucos casarões em volta da linha. O pátio e a plataforma de embarque e desembarque davam frente para o rio.

Outro casarão, já fora da área da estação.

Com a chegada das fábricas de cerâmica, em 1916, desenvolveu-se o comércio de peças deste material pela cidade, que hoje tem boa parte de sua renda de turistas que vêm a ela para fazer compras. Tal comércio se dá principalmente em volta da rodovia Amparo-Jaguariúna, que passa pela estação, ocupando parte do antigo leito da ferrovia que corria ao longo do rio. Com isto, o velho prédio da estação ficou ilhado no meio da pista, movimentadíssima principalmente durante o final de semana. Pedreira é um dos raros casos de cidades que ainda têm a estrada passando dentro dela.
O rio Jaguari, aqui visto no sentido montante. Notar uma garça sobre a pedra.

Diversos casarões dos séculos XIX e início do XX ainda se mantêm na cidade. Um deles, dos "Pedros", é talvez o edifício mais antigo, às margens do rio Jaguari - à outra margem dele, junto à cabeceira da ponte - e que hoje abriga a sede da Prefeitura Municipal.
Belo casarão próximo à ex-estação ferroviária.

Curioso na cidade é a quantidade de placas de prefeitos indicando inaugurações de obras. Até o banheiro municipal, construído na lateral da estação (a lateral à direita da antiga plataforma), tem uma - lastimável procedimento de gasto de dinheiro e de propaganda inútil de prefeitos do interior.
Casarão que virou pizzaria.

Ao contrário do que pode parecer, o centro da cidade não é realmente a região da estação, com suas lojas de cerâmica e a parte mais movimentada, mas sim um pouco mais além, onde a cidade, no mesmo lado do rio, se espicha perpendicularmente à rodovia-avenida. Por ela se espalham outros casarões, alguns muito bonitos. Há, também, muitos bairros rurais pelo município.
A antiga estação ferroviária. A foto foi tomada em sentido contrário à da fotografia antiga. O lado que aparece era ocupado pela plataforma. A cobertura desta já se foi.

As fotos que apresento aqui foram tomadas por mim em visita à cidade no último domingo, dia 15 de janeiro.

4 comentários:

  1. Boa noite. Onde estão meus comentários?

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  2. Saiu uma reportagem sobre o assunto no Correio Popular de Campinas, edição de 24/01/2012. O link para a matéria é http://correio.rac.com.br/correio-popular/noticias--correio-popular/103522/2012/01/24/rmc-anuncia-estudo-de-trem-regional.html

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  3. moro na cidade de Pedreira, gostei da matéria!

    como faço pra me cadastrar no seu blog??


    abraços !!!

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