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A Companhia Estrada de Ferro do Vale do rio Dourado, ou mais tarde apelidada de Douradense, iniciou suas atividades com um trem ligando a cidade e estação de Dourado à de Ribeirão Bonito, esta ponta de um ramal de bitola métrica da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
Corria o ano de 1899. Quem vinha de São Carlos para Dourado tinha de trocar o trem em Ribeirão Bonito e seguir em bitola de 60 centímetros apenas, sacolejando até Dourado.
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Mais tarde, a Dourado ampliou suas linhas, ligando-se com Jaú, Itápolis, Ibitinga e Novo Horizonte. Suas oficinas estavam em Trabiju, um pequeno vilarejo então na zona rural de Boa Esperança do Sul. A bitola passou a ser métrica. Dourado virou ponte de um curto ramal.
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Com seus velhos carros de madeira e estações muito simples - com exceção da de Dourado e a de Jaú, chamada de Jaúdourado e ligada à estação da Paulista somente um bom tempo depois de implantada - a Douradense tornou-se uma verdadeira lenda.
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Extinta em 1949, quando foi comprada pela Paulista, que havia financiado diversas operações da pequena ferrovia e por isso não teve outra solução senão encampá-la, a velha Douradense desapareceu, deixando seus admiradores abandonados.
A Paulista, no entanto, via futuro na linha-tronco da Douradense, exatamente a Ribeirão Bonito-Novo Horizonte, e durante dez anos investiu pesadamente nessa linha. As estações ferroviárias em mau estado foram reconstruídas, como a de Nova Paulicéia, esta em 1955. Todo o leito foi refeito, reempedrado, trilhos trocados. Um trem diesel passou a correr na linha para Novo Horizonte, agora saindo diretamente da estação de São Carlos, sem mais baldeação em Ribeirão Bonito.
Veio a intervenção do Estado de São Paulo na Paulista em meados de 1961, que acabou com a última ferrovia privada do País - exatamente a mais rentável e que melhor operava. Todo o investimento feito pela Paulista privada com a compra da Douradense foi por água abaixo. O governo fechou todos os ramais e a linha mestra, além do próprio ramal de Ribeirão Bonito. Em 2 de janeiro de 1969, correu po último trem entre São Carlos e Ibitinga. Todo o resto de trilhos já não existiam mais.
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A Douradense acabou. Sobraram o rio e a cidade da qual tirou o nome. E um pequeno grupo de admiradores daquelas velhas vaporosas que puxavam carros de madeira mambembes para contar sua história.
Olá, Ralph, tudo bem? Faço uma pesquisa com relação à FErrovias e Estações com fins de estudo para a recuperação de uma. Poderíamos trocar informações?
ResponderExcluirAbraços,
Meu nome é Gabriela e sou arquiteta.
Fale, Gabriela. Será que eu posso mesmo ajuda-la?
ResponderExcluirPor favor meus avós e bisavos trabalharam nesta empresa, hoje estou tentando tirar nacionalidade portuguesa não consigo pois não tenho certidão de nascimento deles. Será que consigo algum documento em arquivos morto? Agradeço atenção e aguardo contato.
ResponderExcluirEstou na mesma situação do Marcelo Boaventura ... meu avô e meu pai também trabalharam nessa empresa e estou precisando do registro de nascimento do meu avô. Será que consigo algum documento em arquivo morto? Agradeço e aguardo contato.
ResponderExcluirTalvez você ache na cidade de Dourado essas informações.
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