Convite da Prefeitura para a inauguração da ponte. Folha de S. Paulo, 20/5/1967
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Eu me lembro que meu pai deixou de trabalhar no Instituto de Química, que ficava na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras na alameda Glette, na esquina com a rua Guaianazes , na esquina diagonal em relação ao Pakácio dos Campos Elísios, por volta de 1966.
O Instituto havia sido transferido para a Cidade Universitária por essa época. Ele foi junto, claro. Porém, para chegar à Cidade Universitária, ainda semi-vazia nessa época, havia de se cruzar ou a ponte da Eusébio Matoso ou a do Jaguaré (a velha, em arco e estreita). A ponte da Cidade Universitária somente foi aberta em 29 de maio de 1967, data que eu somente pude confirmar (eu me lembro da alegria de meu pai em ter a ida facilitada para lá com essa ponte, mas não da data), pesquisando na Folha de S. Paulo, onde achei o convite pesquisando há poucos dias.
Pela fotografia, embora de péssima reprodução, dá para ver que a ponte é reta em relação à avenida Imperial (hoje tem o nome de Avenida Professor Manoel José Chaves), que vinha da Praça Pan-Americana, centro do bairro do Alto de Pinheiros, vista no canto esquerdo inferior da foto e com asfalto novo (a ponte era concretada), e seguia do outro lado pela rua Alvarenga, também claramente recém-asfaltada, seguindo e cruzando lá no "alto" da foto a avenida Vital Brazil.No canto direito da foto, o esbranquiçado mostra uma entrada da Cidade Universitária ainda vazia de prédios e grama.
O rio Pinheiros vê-se claramente em seu canal; à esquerda da ponte, pode ser vista uma outra ponte, em arco, mas que carrega a adutora do rio Cotia. Ainda está lá, da mesma forma, hoje.
Sem conseguir ver, já existia, na margem esquerda, a linha da Sorocabana (hoje da CPTM), jpa funcionando havia dez anos. Eu me recordo, mas ainda tenho sérias dúvidas se a memória não me trai, que em 1971, quando fui estudar na Cidade Universitária e cruzava a ponte todos os dias, de ver a pequenina estação da Cidade Universitária, um pequenino prédio à direita da ponte, para quem vinha da praça Pan-Americana. Na foto, pode-se ver pelo menos uma possível construção nesse ponto. Seria o prediozinho a que me refiro?
Finalmente: a Marginal do Pinheiros em 1967 ainda não existia nesse ponto. Se pudesse dirigir por ela, era uma rua em terra batida, sem delimitações. As laterais à avenida em pista dupla da avenida Imperial são hoje os acessos de e para a ponte "nova" e que hoje são ligados à Marginal Direita do Pinheiros, também chamada de Nações Unidas. Essa "praça" hoje se chama Praça Arcipreste Anselmo de Oliveira.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
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No Estadão, de 20.05.67, uma pequena reportagem sobre a inauguração da ponte (e outra sobre a fabricação, pela GE, da primeira locomotiva elétrica brasileira):
ResponderExcluirhttp://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19670520-28250-nac-0036-999-36-not
No Estadão de 04.09.1943, página 7, "Falta de Água", uma nota da Repartição de Águas e Esgotos (RAE) sobre a instalação da adutora que passa na ponte de concreto que hoje fica ao lado da ponte da Cidade Universitária:
ResponderExcluirhttp://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19430904-22697-nac-0007-999-7-not