Fotos atribuídas a Paulo Stradiotto
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Eu tento!
Eu juro que tento!
Mas não consigo - as desgraças e absurdos foram e continuam ocorrendo nas ferrovias brasileiras, ou no que sobra delas.
As chuvas de junho de 2014 acabaram com vários trechos da antiga linha Itararé-Uruguai no Estado de Santa Catarina, onde o trecho é chamado de Ferrovia do Contestado.
É verdade que essa linha, desde sua abertura entre 1906 e 1910, passou por várias inundações nesse trecho, que acompanha de muito perto o rio do Peixe desde a nascente até sua foz no rio Uruguai. Porém, desde a E. F. São Paulo-Rio Grande, passando pela Rede de Viação Paraná-Santa Catarina, até o tempo da RFFSA, bem ou mal, tudo era consertado. E rápido. A partir de 1997, com a concessão dela para a FSA, depois renomeada como ALL, ela, embora conste do contrato de concessão, foi abandonada.
Desde então, apenas passaram uma vez ou outra - não creio que tenha chegado a uma vez por ano - autos de linha e trem de capina da ALL e um ou outro trem da ABPF, transportando material rodante de Piratuba para Rio Negrinho e vice-versa.
Em muitas dessas poucas vezes, havia de se fazer reparos de emergência na linha quando o trem ia passar por determinados trechos. Só que não era mais RFFSA e a linha não foi mais usada comercialmente. Agora, com a inundação de três meses atrás, fala-se na região que o conserto será feito em 2015. Eu particularmente duvido. Por que fariam, se não usam a linha para nada?
A pessoa que me enviou essas fotos - creio ter sido ele mesmo a tê-las tirado - foi o Paulo Stradiotto, há poucos dias atrás. A opinião dele é a mesma.
Será que essa ferrovia, construída com técnica hoje obsoleta, mas que serviu comercialmente durante noventa anos, não serve mesmo mais para nada?
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
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Fico incomodado com essa mania que esses novéis engenheiros tem de qualificar tudo que não fizerm de "obsoleto! Desviam dos princípios básico da engenharia, que são praticidade, objetividade e funcionalidade! Em nome do moderno, desqualificam o que foi dantes feito, destroem e não fazem nada! Quando o fazem, é a custo elevado, superfaturamentos e concessão de propinas e benesses!
ResponderExcluirConcordo contigo. As obras antigas tem história, arquitetura, harmonizam-se com as paisagens, as bases das pontes feitas com blocos de pedras naturais resistem mais ao tempo que estas de concreto armado. Os rechos construídos com suor e sangue que trouxeram o progresso por onde passaram. Em vez de gratidão a ferrovia recebe o desprezo e o abandono, sendo acusada de obsoleta e ineficiente. Povo que não tem memória, não tem futuro.
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