sábado, 20 de setembro de 2014
UM DESASTRE NA RUA RIO GRANDE, SP (1966)
Uma batida entre dois carros no cruzamento entre as ruas Joaquim Távora e Rio Grande, na Vila Mariana paulistana, teve uma fotografia publicada na Folha de S. Paulo da edição de 21/11/1966.
Fui tentar identificar o local no Google Maps (não é preguiça, é que moro longe da Vila Mariana, mesmo).
Aparentemente achei. Os carros batidos estão na rua rio Grande, em frente a sobrados que ainda existem. Um deles tem o número 234. Trata-se do quarteirão que fica entre a Joaquim Távora e a França Pinto. A casa mais da esquerda faz esquina com a rua Joaquim Távora (notem que há duas fachadas, uma, maior, para a Rio Grande, e outra a 45 graus com o cruzamento).
(Um pequeno histórico: a rua Joaquim Távora chamava-se rua Doutor Fontes em 1924. O nome em 1930 já era Joaquim Távora. A França Pinto, paralela a ela, era a rua que desde pelo menos o século XIX ligava a Vila Mariana com a estrada de Santo Amaro, atual avenida do mesmo nome, seguindo pelas atuais IV Centenário e Afonso Braz. Não é a toa que existe um marco de légua de pedra no início da França Pinto, junto à Domingos de Moraes)
Em 1930, de acordo com o Sara Brasil (visto logo aqui acima), o local dessas casas, se confiarmos na fidelidade desse famoso mapa, apresentava na esquina uma casa mais longa e depois, terrenos vazios. Portanto, a conclusão a que chego é que os sobrados que aparecem nas fotos de 1966 e de hoje foram construídos após 1930 e a casa de esquina que existia foi demolida.
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