domingo, 5 de maio de 2013

JOINVILLE, SANTA CATARINA

Na fotografia de 2005, a bela casa na esquina das ruas 9 de Março e avenida JK sobrevive até hoje (Skyscrapercity - Felipe Knot)

Mais uma vez volto à cidade de Joinville, Santa Catarina. É a única cidade brasileira que é maior do que a capital do estado, no caso, Florianópolis.

Gosto daqui. Estou na cidade desde a última quinta-feira, onde cheguei à noite, de ônibus. Estou num pequeno hotel aqui no centro da cidade. Trabalhei sexta e sábado (ontem) debaixo de um calor brabo e hoje, domingo, amanheceu chovendo - sem parar.

Fotografei vários pontos que me pareceram interessante e somente vou poder publicar estas fotos quando as "revelar" - hoje é "descarregar" - em São Paulo. Aqui não dá, pelo menos no meu computador: sei lá por que, o mesmo cabo e programa que fazem isso lá em casa não conseguem fazer neste notebook aqui.

Esta é a cidade de minha avó e também uma cidade muito bonita. Limpa e que ainda mantém parte das casas antigas, algumas (poucas) do século 19. Ruas largas e trânsito intenso e suportável, longe daquela loucura que existe em São Paulo. A cidade tem cerca de quase 530 mil habitantes e é um centro industrial: aqui estão localizadas algumas das maiores fábricas do país.

Porém, há que se dirigir ou andar muito pela cidade antes de se acostumar com sua rede viária. Especialmente no centro, se você errar uma entrada, vai ter de fazer uma volta enorme para chegar de volta ao mesmo lugar. No entanto, nem sempre você chega e, se bobear, acaba chegando a um ponto bem longe do que você queria alcançar. O motivo: as ruas na área central não têm sistema "quadriculado" e a mistura de cruzamentos e ruas tortas e relativamente curtas dificultam o sentido de orientação.

Não vi favelas na cidade. Nenhuma. E olhe que rodei por pelo menos metade da zona urbana. Fora da área que conheci, não posso dizer. Joinville também tem ruas muito longas que foram originalmente estradas regionais. Em alguns casos, mantendo seus nomes originais, como a rua Dona Francisca e a rua XV de Novembro, "Caminho do Meio" ou "Estrada do Meio" é preservada em algumas placas em alemão (Mittelweg) juntamente com a placa atual.

Joinville tem, no entanto, alguns defeitos de outras cidades brasileiras. Um, é que os prédios de apartamentos estão invadindo a cidade com muita rapidez, derrubando velhas casas - a maioria em estilo alemão - e concentrando muita gente em espaços menores, dificultando a fluidez do tráfego, segurança pública, etc.. Outra coisa: o cemitério não abre no sábado e no domingo. Não é incrível? Como sempre, a prefeitura não quer gastar dinheiro com segurança em final de semana.

No limite sul da antiga área urbana da cidade, a desativada estação ferroviária de Joinville, em estilo germânico, construída em 1906, está preservada, restaurada (ela e o armazém) depois de anos de abandono, funcionando como museu ferroviário e de bicicletas. Enquanto eu estava dentro dela, passou uma composição da ALL no sentido do porto de São Francisco. A linha segue pela cidade, com diversas passagens de nível, mas longe do centro, até passar por baixo da BR-101 no sentido de Guaramirim e Jaraguá do Sul. A única artéria mais importante que ela cruza é a avenida Getúlio Vargas, ao lado da estação. Jamais vi grande problemas de tränsito ali. Havia vários desvios partindo da estação para fábricas próximas. Todos desaparecidos hoje. Aliás, vários mapas que vi da cidade nem mostram a linha, embora ela esteja ali e funcionando. O último trem de passageiros de linha que passou por ali foi em janeiro de 1991. Era a litorina que levava, naquela época, apenas até Corupá, no pé da serra.

5 comentários:

  1. Bem-vindo à terrinha.

    O que falta na estação-museu é um café, de modo a haver um pretexto para se ficar ali algumas horas, em vez de alguns minutos :)

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    1. Sem duvida. Aliás, falta na maioria delas. Mas a Prefeitura já fez muito de fazer o que fez... esses caras não pensam, não raciocinam, fazem só o mínimo para não deixar largado (isso quando se importam com o fato de ficar largado). Eu vi pouquissimas estações restauradas com café ou restaurante. Muito poucas. E realmente não entendo por que. Acho que só tem quando viram rodoviaria.

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    2. Obrigado Ralph pelo retorno. Mas comento sobre a questão do café / restaurante. É o caso onde trabalho que é uma associação cultural existente há 58 anos, que não tem essas instalações. Questão é similar a prefeituras, que não expertise para exploração de cafeterias/restaurantes, e terá de licitar para exploração privada, e passar uma via sacra burocrática para legitimar a concessão.

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  2. Caro Ralph, estive nesta cidade de sua avó pela primeira vez no carnaval deste ano. Fiquei muito feliz e fui a pé visitar a estação de trem, de onde lhe mandei algumas fotos, via email. Recebeu? Abraços! Eduardo Goo Nakashima

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  3. Recebi sim, Eduardo, e obrigado. Só que tem uma fila de espera... abraços

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