sábado, 3 de fevereiro de 2018

MEMÓRIA BRASILEIRA NO LIXO


Em Ouro Preto, as normas do IPHAN vêm sendo desrespeitadas, com as vistas grossas das autoridades (Fotos Paulo Clarindo)

Algumas fotografias por mim recebidas nos últimos dias dão conta de como o patrimônio histórico brasileiro vem sendo cuidado.

Mal, infelizmente. Muito mal.


No Rio de Janeiro, os trilhos já mais que cinquentenários vão ser arrancados sem dó, depois de redescobertos durante as obras do VLT. Vão sobrar somente as fotografias. (Fotos Paulo Clarindo)

Afinal, com a crise política que se arrasta há anos sem que o nosso (des)governo se importe em resolvê-la, com a corrupção que teima em continuar sendi incentivada, com a impunidade geral por crimes de toda natureza, quem vai se preocupar com velharias, não é mesmo?


Em Piramboia, antiga estação da linha-tronco da Sorocabana no município de Anhembi, SP, carros de passageiros pré-Fepasa se estragam em desvios mortos da linha (Foto Antonio Carlos Cardoso).

Bom, eu me preocupo. E sei que há uma quantidade razoável de pessoas que fazem o mesmo. Pena que não possamos resolver os problemas sozinhos.

Afinal, para aqueles que pensam que "afinal, preservar memória para que?", nunca é demais lembrá-los que a memória de um povo é que forma uma nação. Mesmo em tempos de crise e penúria.


Em Três Lagoas, MS, trilhos abandonados da Noroeste há mais de dois anos (é a linha original, que, na cidade, foi abandonada por causa de uma variante construída em redor da área urbana) vai acabar sendo arrancada pela prefeitura ou mesmo roubada por sucateiros sem que se a preserve como patrimônio da época da fundação da cidade, cem anos atrás (Foto Elias Soares.

Ao longo desta narrativa, postei alguns itens que me chamaram a atenção, como os quatro casos que reproduzi aqui.

Reflitam.