quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O GOVERNO DE SÃO PAULO E SUAS VELHAS FERROVIAS


Trem de passageiros da Cia. Paulista passa por Osvaldo Cruz, entre Bauru e Panorama, nos anos 1960. Foto Douglas Hidalgo

A concessionária Rumo, infelizmente, não deve mesmo recuperar e voltar a utilizar a linha da Sorocabana entre Rubião Junior e Presidente Epitácio. Nem a linha Samaritá-Juquiá, nem a Bauru-Panorama.

Voltar a operar estas linhas significaria sobrecarregar a sua linha de bitola larga que vem do Mato Grosso para Santos.

Eles não têm interesse mesmo, embora haja muita carga potencial nesses trechos. A Rumo está satisfeita com o que aufere na sua única linha paulista (Santa Fé do Sul-Santos) de bitola larga e deverá largar o osso da Noroeste quando os contratos acabarem.

Que tal o governo paulista mostrar que está preocupado com essa situação e conseguira a concessão das três linhas atualmente abandonadas e começar a operá-las para trens de passageiros e até mesmo para cargas?

Afinal, a linha de Panorama e a de Juquiá (esta, especialmente o trecho Samaritá-Peruíbe) são, exagerando um pouco, linhas retas e planas.

Sei que o momento é difícil para isto, pois o Estado está quase quebrado. Porém, mostraria alguma preocupação com seu antigo patrimônio e com o uso destas linhas que poderão fazer falta no futuro. Quanto à linha da Sorocabana, é composta de uma parte construída nos anos 1950 e 60 (Rubião Junior-Assis) e outra mais antiga (Assia-Presidente Epitácio). Nas três linhas, entretanto, o potencial de usuários é alto.

Fica a sugestão. Sugestões não custam nada. Ainda mais quando você tem certeza que não vai resultar em coisa alguma.

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