sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

TEMER E OS PRESIDENTES


Como a crise brasileira se agrava e o presidente Michel Temer não consegue resolvê-la, ele resolveu chamar o Conselho de Presidentes. Convocou todos, desde Deodoro da Fonseca até a ex-Presidenta, a Dilma.

Houve alguns problemas. Pedro II e seu pai, Pedro I, insistiram que deveriam ser consultados e vieram também. Mas todo mundo deixou, no fim das contas.

Aí o Michel se queixou que estava todo mundo contra ele, que enchem o saco dele quando ele usa mesóclises e proparoxítonas, enchem quando ele toma alguma medida e enchem também quando ele não toma a medida, etc.

A Dilma perguntou o que eram mesóclises e depois chamou-o de golpista e disse que ela outro dia foi inaugurar um prédio de minha casa, minha vida e ele já tinha sido entregue por outro!

O Lula disse que não estava sabendo de nada.

Pedro I e Pedro II diziam que eles tinham avisado que a República não daria certo, mas ninguém lhes deu ouvidos.

O Getúlio e o Washington Luiz ficavam brigando o tempo todo Aliás, o Getúlio se queixou, dizendo que no tempo dele havia trens até São Borja e hoje não tem mais trem nenhum.

O Geisel, o Costa e Silva e o Castelo Branco aconselharam que se fechasse o Congresso. "Ah, se fosse comigo".

O Fernando Henrique reclamou da comida. Se fosse ele a coordenar a reunião, teria chamado um buffet de Paris.

Floriano Peixoto sugeriu a Temer matar todos os opositores. E, depois da vitória final, mudar o nome de Brasilia para "Temerópolis". Já Artur Bernardes disse que ele mandou bombardear São Paulo e resolveu o problema. Por que o Temer não manda bombardear o Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre, capitais dos Estados que não querem tomar providências para baixar os gastos?

O Juscelino sugeriu mudar a capital para um lugar mais escondido e distante do que Brasília, no meio da ilha do Marajó, por exemplo.

Já o Marechal Hermes cumprimentou Temer por ter se casado com uma mocinha bonita, como ele fez, quando se casou com Dana de Teffé.

O Costa e Silva disse que, quando Temer assumiu o governo, o país estava à beira do abismo. Agora, porém, o Brasil deu um passo à frente.

Jânio estava distraído com uma garrafa de vinho.

No fim, não se chegou a conclusão alguma. Temer telefonou e pediu algumas pizzas e, mais tarde, despediu-se de todos e foi dormir.


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