domingo, 25 de janeiro de 2015

O GATO PRETO ACABOU

Gato Preto há uns cinco anos atrás. Google Maps
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Quem conhece as ferrovias paulistas e gosta delas provavelmente conhece o bairro do Gato Preto, no município de Cajamar.

Fica precisamente no km 36 da rodovia Anhanguera, tanto à esquerda quanto à direita da estrada. Até o início dos anos 1940, quando a auto-estrada começou a ser construída, os dois estavam ligados por trilhos de um dos ramais da E. F. Perus-Pirapora. Com as obras, até a ponte que passava sobre ela foi demolida - sobrou apenas a base de um dos pilares, no morro ao lado esquerdo da estrada.

O lado direito, com isso, ficou isolado, mas cresceu mais como bairro. O do lado esquerdo tinha as oficinas da ferrovia, tinha uma pequena estação de passageiros e também o forno de cal, que era alimentado por vagonetes que vinham até do outro lado do bairro. Havia também ali um complicado e bonito pátio ferroviário, com linhas se entrecruzando e fazendo até desenhos estranhos.
Gato Preto hoje. Google Maps, janeiro 2015
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Já houve outros artigos meus sobre a EFPP neste blog. O fato é que, com a transferência das locomotivas, carros, vagões e até alguns trilhos que estavam na oficina para outro local, o dono da área não quis nem ouvir falar de tombamento. A prefeitura, que a princípio tentou, a julgar por uma placa colocada no local há uns três anos. desistiu logo. Hoje, tudo foi demolido, sobrando apenas um pequeno pedaço da torre do forno de cal e o pilar da ponte. Até pequenas residências, que eram poucas, foram para o chão. Basta olhar as duas fotos - a do topo e a de cima deste parágrafo.

Já o lado direito da estrada, que não aparece nas fotos, ainda está igual - mas já ouvi rumores também que eles vão dançar. Será? E com relação à ferrovia em si, que durante os anos 2000-2013 estava sendo cuidado por uma associação, está agora abandonada. Em outro lugar. Infelizmente.

2 comentários:

  1. Prezado Ralph: na verdade quando houve a criação do Instituto que gerenciaria a reativação da EFPP, a exigência do proprietário era de que o material deveria ser removido para outro local, pois ele deixou claro que queria as áreas de Cajamar e Gato Preto livres...

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    1. Eu sei, Nilson. Porém, não me parece ter havido nenhum interesse por parte da prefeitura de Cajamar em tentar alterar isso um pouco.

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