quarta-feira, 16 de novembro de 2011

FERIADOS SEM SENTIDO

Ontem, 15 de novembro, foi feriado nacional. O problema é que anteontem, dia 14, também foi, pelo menos na cidade onde mantenho a conta bancária da empresa. Ou seja, isso atrapalhou todo o fluxo de caixa e de recebimentos da empresa. Como ela está situada em São Paulo, e não em Santana de Parnaíba, entrei nessa fria.

Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Ainda não me acostumei a essa aberração que ocorre, lógico, todos os anos. Não mudo a conta de agência por vários motivos, mas tenho que aguentar essa.

Vêm-me à cabeça então as mesmas perguntas: para que ainda existem esses dois feriados? Comecemos com o da República. Hoje, depois de passados cento e vinte e dois anos do golpe de Estado que a criou, quem liga para ela? No fim das contas, o que adiantou trocar um Imperador por um presidente?

Na reprodução da primeira pagina do jornal O Estado de S. Paulo de cem anos atrás, a primeira página mostrava uma alegoria de comemoração pelos então vinte e dois anos passados, enquanto o resto era tomado por um enorme texto engrandecendo o fato. No dia de ontem, não havia absolutamente nada lembrando a efeméride. Posso estar enganado, mas no resto do jornal também não vi coisa alguma. Para que se manter o feriado, então? Somente para que possamos ir à praia e ou para roncarmos na frente da televisão?

O feriado de dois dias atrás, então, é pior. Santana de Parnaíba completou 486 anos da sua promoção a município. Foi, se não me engano, o sétimo município a ser criado na então capitania e o terceiro no planalto. Hoje, no entanto, o que significa isto? Nada. Nenhuma comemoração na cidade e muito menos no resto do país, mesmo tendo sido esta uma das cidades mais poderosas do Sul do país pelo menos nos cem anos seguintes.

Para que então mantemos estes dois feriados? O último, então, deveria ser comemorado em um dia único em todo o país. Todos os cinco mil e quinhentos e sei lá quantos municípios do país inteiro deveriam ter sua data comemorada em algo como "o dia do município", por exemplo, no dia da criação do primeiro deles, São Vicente. Isto evitaria aberrações como ser feriado na sua cidade só e não no resto do mundo.

Estas coisas, no entanto, somente podem ser feitas por governos sérios, coisa que não temos aqui há um bom tempo...

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