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Com os anúncios de lançamentos de três edifícios residenciais em São Paulo, andei pelo bairro de Santa Cecília à procura de como eles estariam hoje. Os três ficam em ruas não muito procuradas hoje para se morar e isto não somente pelo bairro em si.
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Dois deles ficam na rua das Palmeiras, com muito trânsito de automóveis, caminhões e ônibus. O terceiro, na rua Fortunato, com menos trânsito, mas ainda longe demais da badalada Higienópolis. Surpreendeu-me a conservação (pelo menos a externa) desses edifícios, em relativo bom estado depois de mais de cinquenta anos.
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Os dois primeiros são vizinhos; a diferença entre eles foi de treze anos. O mais antigo é o Edifício Barão de Jundiaí (no anúncio; na fachada, hoje, "Barão de Jundiahy"), no número 147, lançado em julho de 1944. O primeiro vendia apartamentos com o prédio já pronto - visto que ele anunciava "posse imediata". Dizia também que o prédio era uma construção"Ramos de Azevedo", assim, entre aspas. O que ele queria dizer com isso? Que apenas o estilo era o mesmo de Ramos ou que era o escritório deste o responsável pelo projeto?
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O outro é o Chalita, no número 145. Ao lado esquerdo do anterior, foi lançado em 1957. Notar que no desenho do anúncio, existe uma constução baixa ao seu lado. Porém, o "Barão de Jundiaí" já estava ali havia 13 anos. Engodo publicitário. Os estilos eram completamente diferentes. Acredito que as cores da fachada também.
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Finalmente, a cerca de três quarteirões dali, o edifício Aruanã, na rua Fortunato, não é junto à alameda Barros, como ele afirma, mas sim, à Frederico Steidl, continuação da Barros, que fica um quarteirão depois. Aliás, nem é tão junto assim, mas na metade do quarteirão... é um dos poucos edifícios altos da rua.
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São casos de edifícios que (pelo menos externamente) não se degradaram com a vizinhança. Os anúncios de seus lançamentos são como verdadeiras certidões de nascimento dessas construções.
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