 Em um Guia do Estado de S. Paulo publicado em 1912, descobri o que não sabia: como eram os fusos horários no Brasil e na Europa nessa época (ver figura acima). Aí, saí a procurar alguma coisa para esclarecer quando foram estabelecidos os fusos da forma que são hoje. Na Internet, forma mais rápida, mas também repleta de erros potenciais.
Em um Guia do Estado de S. Paulo publicado em 1912, descobri o que não sabia: como eram os fusos horários no Brasil e na Europa nessa época (ver figura acima). Aí, saí a procurar alguma coisa para esclarecer quando foram estabelecidos os fusos da forma que são hoje. Na Internet, forma mais rápida, mas também repleta de erros potenciais.Em 1912, São Paulo e Rio de Janeiro tinham uma diferença de 13 minutos. Na Europa, a diferença em termos de minutos também existia de uma capital a outra – basta ver a figura acima. Na Internet, li que a diferença de horários das cidades de Porto Alegre e do Recife em relação ao Rio de Janeiro, então Capital Federal, eram de respectivamente 28 minutos para menos e 33 minutos para mais.
Há vários anos, li sobre os fusos horários nos Estados Unidos em um livro americano de curiosidades: lá, as diferenças de minutos foram eliminadas em alguma época da segunda metade do século 19 por pressão das operadoras de linhas ferroviárias, depois de diversos acidentes, inclusive colisões, de trens, devido à diferença extremamente complexa e confusa. Na Internet, esse ano é citado como sendo 1883.
Também na Internet encontrei que os fusos horários no mundo foram estabelecidos em 1913 – sem maiores explicações. Na verdade, parece ter sido esse o ano em que os países (todos?) concordaram em estabelecer sempre diferenças em horas para regiões bem mais amplas do que a de uma cidade.
Enfim, há muitas dúvidas sobre como isso foi feito e quanto tempo isso teria demorado para ser implantado. O fato é que o Brasil, pelo menos desde os anos 1960, tempo mais remoto que me recordo de ter ouvido falar sobre isso, tinha quatro fusos horários: Brasília e a maior parte (leste) do Brasil; Fernando de Noronha, com uma hora a mais; Amazonas, metade do Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima com uma hora a menos, e Acre e uma parte no sudoeste do Amazonas, com duas horas a menos.
Isso até 2008, quando o Acre e o pedaço do Amazonas foram também incorporados à porção de uma hora a menos – ou seja, o País passou a ter três fusos horários apenas. E tem mais: há um projeto de lei correndo no Congresso para reduzir o número de fusos para apenas um, para o País inteiro.
Não me parece uma boa ideia, mas quem sou eu para discutir com os nossos probos Congressistas (perdão pela palavra chula)?
 
 
A referência mais antiga a fusos horários que já li foi no clássico do Júlio Verne "Volta ao Mundo em 80 Dias", lançado em 1873, em que o fuso horário se torna quase um personagem principal.
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