sexta-feira, 1 de março de 2013

CRAVINHOS-VELHA E CRAVINHOS-NOVA

Placa da estação de Cravinhos-nova

A placa acima é da estação de Cravinhos. Cravinhos-nova, quer dizer, antes dessa, houve uma outra em outro lugar. Mais precisamente, junto à cidade de Cravinhos, estação que foi a responsável pela existência dessa cidade paulista.

Cravinhos-nova foi aberta em 1964, desativando a Cravinhos original, situada a nove quilômetros dali. Sim, Cravinhos-nova era - e ainda é - isoladíssima. É evidente que depois dessa troca, pois a linha mudou de lugar, os habitantes de Cravinhos passaram a se utilizar cada vez menos do trem da Mogiana. Afinal, para chegar nessa estação, ao contrário da velha, encostada no centro, era preciso condução. Condução que não havia, em uma estrada de terra.
Cravinhos-nova (Dimas Ornellas)

O mínimo que se podia esperar, já que a variante, chamada de Bento Quirino-Entroncamento, teria de passar muito longe dali para ser uma linha melhor e mais vantajosa para a Mogiana, era que a empresa ou a cidade se preocupasse em colocar condução conveniente para o horário dos trens, de três a quatro por dia, e uma estrada decente. Nada disso. Tudo isso ficou na promessa. Resultado: o trem desapareceu para Cravinhos como opção de transporte.

Cravinhos-nova foi por algum tempo a estação E-2. Como E-1 era Canaã-nova, E-3 era Engenheiro Souza Mendes e E-4 era Evangelina-nova. Vejam que havia outras estações com versões novas. Só que o que está escrito na placa hoje - trens de passageiros não passam ali desde 1997 - é provavelmente diferente do que originalmente estava escrito na placa que está fotografada lá no alto deste artigo.
Cravinhos-velha

Reparem na placa. Para um lado, São Simão. Originalmente, havia entre essas duas estações a de Canaã-nova. Significa que, depois de algum tempo, esta última foi fechada por falta de movimento. O mesmo aconteceria com Engenheiro Souza Mendes, que ficava entre Cravinhos-nova e Evangelina-nova. Desta, nem fotos existem. Foi demolida há muitos anos e ficava também em local bastante isolado. Para se chegar a este pátio hoje, só com gente que conheça as estradinhas rurais por ali. São poucos.

E assim, por atitudes como estas, de uma empresa que já não se importava mais com seus passageiros, mesmo ainda correndo com seus trens, que estes foram se acabando. Até chegar a como estamos hoje: sem nada.

2 comentários:

  1. Uma pena mesmo! E que ideia de trocar uma estação no centro da cidade por uma mais longe... :-(

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  2. Não acho que isso foi feito para prejudicar a cidade. Foi feito para conseguir uma linha nova e muito melhor e com menos curvas do que a antiga, que já tinha 80 anos. O erro e descaso é o fato de não se prover acesso decente e condução para os antigos passageiros já usuários.

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