quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

CIDADES QUE VISITEI (VII) - FRANCA, SP


Em Franca estive algumas vezes: a última vez fiquei com minha esposa por cerca de 4 dias na cidade. Considerada uma cidade da Alta Mogiana, a cidade não tem mais os trilhos desde os anos 1980. Sobrou a estação e algumas casas ferroviárias. A estação ficava originalmente fora da cidade, do outro lado da vila original em relação ao vale de um córrego, hoje canalizado.

Hoje, está integrada à cidade, que, inclusive, já ultrapassou o antigo leito da linha - que virou avenida, claro. Avenidas são o grande sonho dos prefeitos.

O ramal foi suprimido quando foi cortado em dois pedaços na região do rio Grande, na região onde hoje, em São Paulo, está a estação de Rifaina e em Minas, onde está ainda a região de Sacramento, na estação de Jaguara. Foi cortado para a construção de um lago da represa que pertence ao complexo de Furnas. Isto deu-se em 1970.

O ramal - chamado de linha do rio Grande do lado paulista e de linha do Catalão do lado mineiro - não sobreviveu à descontinuidade. Poderia este corte ter sido evitado? Claro que sim, mas, como havia um ramal paralelo a este, o ramal de Igarapava, hoje retificada com o nome de variante Entroncamento-Amoroso Costa, acharam que era inútil. As cidades reclamaram, mas não o suficiente para manter que alguém se preocupasse em manter a linha.

Foram eliminadas dos trilhos as cidades paulistas de Jardinópolis (esta, na parte urbana), Brodowski, Batatais, Restinga, Franca, Cristais, Pedregulho e Rifaina. Do lado mineiro, Sacramento, Conquista e Peirópolis. Todas estas estações se mantiveram em pé, com a exceção da de Rifaina, que foi submergida nas águas do lago formado. A de Sacramento está em ruínas.

Voltando a Franca, as fotos foram tiradas por mim em dezembro de 2006 e mostram alguns dos belos casarões e construções que ainda se mantêm na cidade.

Um comentário:

  1. Está cidade, na qual nasci, infelizmente não se importa com a preservação e a cultura, hoje quase não se acha casarões da década de 60 pra trás e os poucos que restam estão abandonados, onde os herdeiros estão esperando ruir pra vender o terreno por ser em um bairro prestigiado, então é vergonhoso ser francano infelizmente.

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