quarta-feira, 4 de maio de 2011

TRADIÇÃO EMPRESARIAL

Vendo as empresas que hoje fazem propaganda de todos os tipos de produtos e serviços no Brasil, noto como desapareceram empresas tradicionais nos últimos, digamos, vinte anos. Nomes como Hoechst e Ciba-Geigy, por exemplo, no ramo químico, Mappin, loja de departamentos... bom, há centenas de exemplos.

Há, no entanto, empresas que já existem há muito tempo, algumas com mais de cem e outras até com mais de duzentos anos de existência. O mesmo se aplica às marcas, como a Maizena, o leite Ninho. Jornais como O Estado de S. Paulo, atualmente um dos mais antigos em circulação no Brasil, com mais de 130 anos no mercado. Mesmo a Folha de S. Paulo tem já cerca de noventa anos.

De novo: há muito exemplos. Mas como seria há cem anos atrás? Comparando hoje com essa época, podemos notar a existência de firmas e marcas que ainda existem, mas também há inúmeras das quais jamais ouvimos falar e outras que até já ouvimos, mas que já desapareceram há muito tempo.

O que quero dizer é que poucas empresas e marcas conseguem sobreviver por muito tempo num universo enorme delas. Algumas ficam na memória ou são ligadas a outras coisas cujos nomes derivam da época em que essas empresas existiam. A Sorocabana, a Paulista e a Mogiana sõa ferrovias que desapareceram há quarenta anos, mas os nomes ainda permanecem nas regiões que lhe tomaram o nome: Alta Sorocabana, região Mogiana, zona Paulista.

É surpreendente o número de pessoas que ainda hoje usam a expressão "mil-réis" ou "contos de réis", ou mesmo "contos" para se referir a quantias de dinheiro; essas expressões desapareceram oficialmente em 1942, portanto, quase setenta anos atrás! Na verdade, já ouvi até crianças usarem essa expressão ao se referirem a notas de 10 reais, por exemplo. Nem o "cruzeiro" durou tanto na boca do povo.

Quantas das empresas que conhecemos hoje apareciam ou existiam há cem anos atrás? Realmente, poucas, pelo menos que saibamos. Nestlé, DuPont, Bayer... essas existiam, bem como alguns jornais (o Jornal do Brasil desapareceu há poucos meses). Microsoft, Google e Twitter, essas então, são novíssimas. Por quanto tempo durarão?

4 comentários:

  1. Ixi! Como esquecer marcas como Cera Parquetina, que tinha uma espécie de "garoto-mensageiro pulando", lojas Sears, Lutz Ferrando e Ducal? Muitas marcas não existem, mas as pessoas que as criaram ainda continuam no mercado, caso das antiga lojas SuperG (Guararapes), hoje Riachuelo. Lembro que comprei uma Caloi 10 nas Lojas Buri.

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  2. Bom dia Ralph, há algum tempo que li um artigo comentando quantas empresas ultrapassam o tempo de vida de 100 anos. São realmente poucas, no mundo todo e estas acabam se tornando marcas populares. Normalmente sucumbem devido a incompetência dos seus administradores ou herdeiros. Eu mesmo trabalhei em duas empresas centenárias, que acabaram desaparecendo: Burroughs e Hoechst. Só espero não ter colaborado para seu desaparecimento......

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  3. Ralph, depois de ter postado um comentário em seu blog, pensei melhor, e descobri que TODAS as empresas em que trabalhei, tempo depois da minha saída, fecharam. Veja só: Burroughs trabalhei de 79 a 81 . Prólogica 81 / 82. Digirede 81/85. Plástica Ramos 85/91. Hoechst 91/95. Bem, vou me empenhar para que a minha empresa tenha uma vida mais longa ....

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  4. Das duas umas, Dario: ou você é um enorme pé-frio ou é aquele cara contratado para fechar cada empresa em que vai trabalhar...

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