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segunda-feira, 8 de março de 2010

CONTAS DA LIGHT


Os bancos em geral prestam um serviço horroroso aos seus clientes, exceto quando estes têm muito dinheiro em seus cofres. Posso colocar aqui inúmeros exemplos de absurdos, de arrogância, de desleixo e de arbitrariedades cometidas por diversos bancos diferentes contra mim e/ou amigos e conhecidos. Mas não é esta a intenção.

A intenção aqui é mostrar que, apesar disso, eles têm um bom serviço — que varia de banco para banco, mas basicamente funciona — que é o de se poder pagar contas e transferir e receber dinheiro pelos sites que eles mantêm na Internet. E é por isso mesmo que não entendo por que ainda existem pessoas que mandam pagar contas nos caixas.

Hoje tive de ir ao caixa de um banco; infelizmente o que eu precisava fazer não dava para fazer pela net. Fiquei esperando cerca de 20 minutos para ser atendido. Vi uma cena rara, também: cinco dos seis caixas estavam abertos, e pouco depois o sexto caixa também abriu. Isto não é comum, o que mais se vê são — digamos — seis caixas com apenas um ou dois deles funcionando.

Porém, mesmo assim, esperei esses vinte minutos porque, embora houvesse umas quinze pessoas no máximo na fila, pelo menos quatro delas eram (possivelmente) motoboys com inúmeras contas para se pagar em dinheiro ou em cheque. Cada um gastou pelo menos quinze minutos no caixa. Não entendo realmente por que pessoas relutam em usar a Internet para facilitar a própria vida. Medo de vírus? De fraudes? Não sabem mexer com o computador? Ora, se confiam no portador, seja ele quem for, por que não confiam num computador? Afinal, ambos podem fazer fraudes.

Ou seja, Por outro lado, sei também que contas — na maioria dos bancos — se estiverem vencidas não podem ser pagas nos sites (o que também é absurdo).

Se todo mundo hoje fosse pagar hoje suas contas nos bancos, seria um desastre incontrolável. Nem o aumento do número de caixas resolveria o problema, pois as filas seriam intoleráveis, não haveria espaço para tanta gente nas agências.

Antigamente, pagava-se as contas nas agências das concessionárias de serviços públicos. Eu mesmo me lembro de ter recebido cheques de clientes da empresa em que eu trabalhava nos anos 1970 para ser trazidos e depositados pela tesouraria em bancos. Eu tinha uma procuração da companhia que me dava o direito de receber esses cheques e dar-lhes quitação com um carimbo na duplicata e minha assinatura neles. Várias vezes recebi esses pagamentos.

Em 1934, meu avô fez um pagamento na empresa de luz — a São Paulo Tramway, Light and Power, ou simplesmente Light — na sua agência. O recibo do pagamento está aí em cima. Quatro carimbos, entre eles a data de 12 de abril de 1934. Era uma caução para a empresa, em caso de se exceder a cota de energia prevista para o consumidor.

Seja o que for, tinha de ser paga nos escritórios das empresas e não em bancos. Lembro-me de ouvir meus pais reclamar do dia do pagamento das contas de telefone nos escritórios da CTB — Companhia Telefônica Brasileira, mais tarde Telesp. Isto nos anos 1960. Os escritórios onde se pagavam as contas neste caso era na rua 7 de Abril, no centro da cidade.

Os tempos mudaram, mas tem muita gente que ainda não percebeu isto.