Mais uma péssima notícia para os preservacionistas ferroviários e para o patrimônio ferroviário nacional. As locomotivas elétricas da bitola métrica que estão em Sorocaba vão ser removidas, pois estão atravancando os desvios do pátio da estação. Até acredito. Afinal, desde a desativação da tração elétrica no Estado (à exceção das linhas da CPTM e do pátio de Paranapiacaba), as locomotivas elétricas que foram da Sorocabana, Paulista e FEPASA foram encostadas em diversos pátios pelo Estado.
Araraquara tem uma V-8 na carcaça ali próxima à estação. Bauru tem uma russa em péssimo estado. Há outra Russa nas antigas oficinas de Jundiaí. Há uma “baratona” numa praça em Jundiaí, enferrujando e sendo pichada há anos. Há duas “francesas” em Mairinque, guardadas, mas em condições precárias. E há “Lobas”(GE/Westinghouse EUA 1-C+C-1 série 2000/2050) e “minissaias” (GE Brasil B-B série 2100) em Sorocaba. São estes últimos dois modelos que serão transportadas de lá para o “cemitério” de Triagem, em Bauru.
Segundo se apurou, o DNIT teria dado autorização à concessionária do trecho para remover essas locomotivas para lá. O problema é que Triagem é como um campo de concentração com fornos crematórios: o que vai para lá vira sucata mais rápido do que em qualquer outro pátio.
Estive em Triagem, que é a última estação para a linha de bitola larga para quem vinha de trem de São Paulo, antes da estação de Bauru. Fica em campo aberto, ao lado da rodovia Raposo Tavares. A última vez que lá estive foi exatamente um ano atrás. O que vi dava pena. Diversas LEWs totalmente destruídas. Carros de passageiros, vagões, a própria estação, tudo amassado, enferrujado, cortado. Ao Deus-dará.
Ninguém se preocupa em proteger os materiais: as Russas e as V-8 que lá estiveram foram já todas cortadas e viraram sucatas. Escapou uma, que, sabe Deus como, conseguiram levar para a estação de Bauru. O que quero dizer é: o DNIT autorizou a concessionária ALL a mandá-las para o sucateamento. O curioso é que estas locomotivas já deveriam ter sido vendidas como sucata ou mantidas em condições de uso, mas ninguém se preocupa com isso.
Uma pessoa, minha conhecida, que soube ontem da decisão, tentou manter uma das Lobas e uma das Minissaias em Sorocaba, para preservação. Não lhe deram ouvidos e isso não deverá acontecer. Para os preservacionistas, isto é péssimo. Para o DNIT e Inventariança da RFFSA, também, pois dia a dia a sucata valerá menos. Ou seja, o País perderá de qualquer forma.
Não esperemos que se preservem todas as locomotivas que já funcionaram. Claro que não. Mas pelo menos uma de cada dessas que fizeram a história de São Paulo e do País deveria ser mantida. Nem que seja para ficar exposta protegida num museu (já que trafegar com locomotivas elétricas é impossível sem a rede aérea).
Se nada for feito para impedir que isso aconteça, mais uma vez locomotivas de valor histórico ou mesmo de valor de venda serão condenadas por desleixo e despreparo.
Araraquara tem uma V-8 na carcaça ali próxima à estação. Bauru tem uma russa em péssimo estado. Há outra Russa nas antigas oficinas de Jundiaí. Há uma “baratona” numa praça em Jundiaí, enferrujando e sendo pichada há anos. Há duas “francesas” em Mairinque, guardadas, mas em condições precárias. E há “Lobas”(GE/Westinghouse EUA 1-C+C-1 série 2000/2050) e “minissaias” (GE Brasil B-B série 2100) em Sorocaba. São estes últimos dois modelos que serão transportadas de lá para o “cemitério” de Triagem, em Bauru.
Segundo se apurou, o DNIT teria dado autorização à concessionária do trecho para remover essas locomotivas para lá. O problema é que Triagem é como um campo de concentração com fornos crematórios: o que vai para lá vira sucata mais rápido do que em qualquer outro pátio.
Estive em Triagem, que é a última estação para a linha de bitola larga para quem vinha de trem de São Paulo, antes da estação de Bauru. Fica em campo aberto, ao lado da rodovia Raposo Tavares. A última vez que lá estive foi exatamente um ano atrás. O que vi dava pena. Diversas LEWs totalmente destruídas. Carros de passageiros, vagões, a própria estação, tudo amassado, enferrujado, cortado. Ao Deus-dará.
Ninguém se preocupa em proteger os materiais: as Russas e as V-8 que lá estiveram foram já todas cortadas e viraram sucatas. Escapou uma, que, sabe Deus como, conseguiram levar para a estação de Bauru. O que quero dizer é: o DNIT autorizou a concessionária ALL a mandá-las para o sucateamento. O curioso é que estas locomotivas já deveriam ter sido vendidas como sucata ou mantidas em condições de uso, mas ninguém se preocupa com isso.
Uma pessoa, minha conhecida, que soube ontem da decisão, tentou manter uma das Lobas e uma das Minissaias em Sorocaba, para preservação. Não lhe deram ouvidos e isso não deverá acontecer. Para os preservacionistas, isto é péssimo. Para o DNIT e Inventariança da RFFSA, também, pois dia a dia a sucata valerá menos. Ou seja, o País perderá de qualquer forma.
Não esperemos que se preservem todas as locomotivas que já funcionaram. Claro que não. Mas pelo menos uma de cada dessas que fizeram a história de São Paulo e do País deveria ser mantida. Nem que seja para ficar exposta protegida num museu (já que trafegar com locomotivas elétricas é impossível sem a rede aérea).
Se nada for feito para impedir que isso aconteça, mais uma vez locomotivas de valor histórico ou mesmo de valor de venda serão condenadas por desleixo e despreparo.