Mostrando postagens com marcador 1923. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 1923. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

MEMÓRIAS DE SÃO PAULO (6): CORSO NA AVENIDA PAULISTA


Avenida Paulista e o corso (O Estado de S. Paulo, 9/2/1923).

Em 1923, havia o tradicional corso do carnaval paulistano. Nessa época, eram todos feitos na avenida Paulista.

Vejam que o mapa mostra o caminho dos automóveis que o fariam e as voltas de retorno e cruzamento que eram obrigados a dar nas praças inicial e final e nas ruas paralelas e perpendiculares.  

Notem as instruções, abaixo do mapa. Notem também que, embora a Paulista já tivesse todas as perpendiculares de hoje, as que onde não estava previsto movimentos do corso não apareciam no mapa.

Os quarteirão entre a avenida Angélica e a rua terminal (rua Minas Gerais, nome não escrito nesse mapa) mudou bastante após 1970.

Por fim, ressalto que o Carnaval de 1923 caiu nos mesmos dias do Carnaval deste ano de 2018.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

JANELAS

São Paulo - e outras cidades - teve, entre os anos 1910 e os anos 1940, enorme predominância de simples e belas janelas de madeira que pareciam sair todas de uma mesma marcenaria.

Quando escrevo aqui o termo "janelas", estou me referindo a um conjunto de esquadria, a janela em si, com sua armação que levava os vidros e a persiana - o que dava a característica do conjunto. Eram, geralmente, pintadas de verde ou eventualmente de marron claro.

Não sei porque estas janelas se tornaram maioria durante essa época, mas é possível que tal fato tenha acontecido por vários motivos. Será que eram tão raras e/ou caras janelas mais

Baratas, bonitas e resistentes. Baratas é uma presunção minha, mas é fato que elas existiam em praticamente todos os tipos de residências construídas neste período. Pode ser, claro, que o preço variasse dependendo de quem as fazia e, claro, do material que era utilizada. Muitas eram do famoso pinho-de-Riga, que, diz a lenda, era madeira reaproveitada de caixotes que traziam materiais importados da Europa. Deveria haver outras madeiras, principalmente nos anos mais tardios.

Bonitas é uma questão de gosto. Eu as acho muito bonitas, tão bonitas quanto as janelas mais comuns que as antecederam, aquelas altas, saindo quase do chão, e com bandeiras em arco no topo, que tinham, em grande parte das vezes (ou sempre, talvez), as persianas saindo para dentro da casa, permitindo que em dias frios entrasse o sol, mas não o ar frio, sem que se precisasse abrir a janela para se as fechar ou abrir em caso de chuva ou mudança rápida de temperatura.

Resistentes? Certamente, pois há ainda muitas delas por aí, resistindo a quase cem anos de duração com uso contínuo. Ainda se vêem algumas em casas abandonadas (ou semi), meio que caindo aos pedaços, mas isto certamente por falta absoluta de manutenção ou repintura.

 
Nos anos 1940, mais para o final da década, chegaram as janelas de aço com persianas no mesmo material, do tipo que se abria ou fechava com uma corda. A beleza não era uma de suas virtudes.

Recentemente, chegaram as de alumínio. Hoje, quase tudo é assim. No interior do Estado, o alumínio foi menos utilizado e muitas das janelas de madeira foram trocadas por janelas de aço escuro, horríveis, mas mais resistentes. Motivo da troca? Falta de manutenção das de madeira e também, com certeza, melhor isolamento de som.

Porém, se as janelas de madeira tinham a desvantagem de isolar mal o som e até a passagem de raios de luz, ou de chuva, ou mesmo do ar frio, por que inúmeras delas permanecem em todos os tipos de casa até hoje?

É pela sua simplicidade e beleza, com certeza.

As fotografias aqui mostradas, de minha autoria, com diversos tipos dessas janelas foram tomadas em duas ruas de um dos bairros mais desejados de se morar em São Paulo: o Jardim Paulistano. Mais precisamente, em trechos da rua Sampaio Vidal e rua Mariana Corrêa.

Uma das fotografias - a que têm as janelas brancas com adornos de alvenaria acima e debaixo delas - é da casa que é possivelmente a mais antiga de todo o bairro, na rua Sampaio Vidal, quase esquina com a rua Maria Carolina. Casa pequena, linda e simples, foi construída em 1923.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MAPAS DO LITORAL PARANAENSE HÁ 90 ANOS

Este mostra parte da E. F. do Paraná no trecho original da ferrovia, a Curitiba-Paranaguá. Notar o município (hoje ou inexistente ou de nome trocado) chamado Deodoro, que engolba a cidade de Quatro Barras, hoje município.

O raríssimo relatório da Secretaria Geral do Estado do Paraná de 1923-1924 mostra mapas maravilhosos.

São maravilhosos como obras de arte. Era uma época em que se preocupava em fazer mapas detalhadíssimos e com colorido excepcional.
Aqui, a baía de Paranaguá.

Um mapa era feito por artistas, e não por computaores - que, aliás, não existiam na época.

Partes de um dos mapas desse relatório são mostrados aqui como curiosidade. São três partes por mim escaneadas e que mostram o litoral do Paraná. Um deles mostra a linha da E. F. do Paraná nos municípios de Paranaguá e de Antonina.
Aqui, a divisa com Santa Catarina e a baía de Guaratuba.
O mapa inteiro é grande demais para o scanner "normal" que tenho. Portanto, o que está aqui reproduzido não mostra o mapa por completo, e portanto, não mostra o litoral por completo.