quarta-feira, 27 de julho de 2011

O ASSASSINATO DA ARQUITETURA FERROVIÁRIA EM JARDINOPOLIS

Jardinópolis com seu horrendo anexo em 25/7/2011 - Foto Rodrigo Florez
A cidade de Jardinópolis, em São Paulo, uma espécie de subúrbio de Ribeirão Preto, tem o nome dado em homenagem a um político que foi morreu porque caiu no vulcão Vesúvio, quando o visitava na última década do século XIX.

Em 1899, foi construída a estação ferroviária praticamente no centro da então minúscula cidade: uma estação típica daqueles tempos da Mogiana, bem característica, com sues tijolinhos aparentes e seu aspecto típico de galpões industriais naquele tempo.
A estação de Jardinópolis em 1979 no dia da desativação do ramal de Igarapava. Foto José Carlos de Oliveira
Funcionou até 1979, quando, em junho, a FEPASA retirou a linha do local, pondo-a costeando a rodovia Anhanguera, numa grande retificação da linha toda, o chamado ramal de Igarapava, que, apesar do nome, ligava Ribeirão Preto a Uberaba. A variante, chamada de Entroncamento-Amoroso Costa, não passava mais por Igarapava e existe funcionando com os trens cargueiros da FCA até hoje.
A estação de Jardinópolis-nova em 2006. Autor desconhecido
A estação "nova" de Jardinópolis que fica às margens da Anhanguera, no km 332, está completamente abandonada, tendo funcionado de 1979 até 1997, quando por ali passou o último trem de passageiros que correu na ex-Mogiana.
A estação de Jardinópolis original em 1999. Foto Ralph M. Giesbrecht
Depois da desativação, a estação original, mais bonita, serviu de estação rodoviária. Recentemente, a Prefeitura resolveu fazer uma reforma no pobre prédio. Construiu um puxadinho e assassinou a velha arquitetura, nenhuma maravilha do século, mas certamente muito mais charmosa do que o monstro arquitetônico que a Prefeitura criou.

Deus salve o povo brasileiro dos políticos. Que mau gosto!

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