O relato de umn morador publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 1917 dá uma ideia do que era a região central do bairro de Vila Mariana nesse já longínquo ano.
A rua Domingos de Moraes continua completamente despoliciada, a iluminação pública é péssima, correndo parelhas, em primitividade, com o desasseio da rua.
Quando chove, esta rua é uma lagoa e quando faz bom tempo está constantemente sob nuvens de pó.
Passando à rua Fontes Junior (hoje é a rua Joaquim Távora - nota deste autor), a garotada pratica ali tais façanhas que já não é possível contê-la.
A avenida Stella (hoje é a rua Estela - nota deste autor) ainda não é calçada.
O Largo Anna Rosa, onde há o imponente edifício do Instituto (hoje, com o prédio do século XIX já demolido, é o local onde há uma construção dos anos 1940 ocupado por diversos comércios - nota deste autor), está transformado num verdadeiro pântano.
Há toda conveniência em que o policiamento seja feito por praças de cavalaria.
Acrescenta ainda este autor que já nessa época havia trilhos de bondes elétricos na Domingos de Moraes e que o largo Ana Rosa já era bem mais estreito do que é hoje, devido à duplicação da rua Vergueiro, resalizado por volta de 1970.
Já os trilhos de bonde foram retirados no final dos anos 1960.
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