ACIMA: A viagem por mar e ferrovia em 1880 (O Estado de S. Paulo, 23/01/1880).
As alternativas para viajar de São Paulo ao Rio de Janeiro durante o tempo dos cavalos e mesmo das carruagens não eram muitas.
Deve ter começado com a tração animal: no lombo de burro, jumentos e cavalos. Afinal, São Paulo estava no alto da serra e o Rio, no litoral. Então, antes de descer a serra para Santos e dali ir para o Rio, era mais fácil sair pela serra mesmo e depois descê-la com tração animal lá nas bandas do Vale do Paraíba.
O tempo pode ter demorado para passar, mas, depois da Faculdade de Direito ser aqui implantada, a cidade começava a ter muita importância.
Em 1877, a ferrovia foi finalmente implantada no trajeto. A Capital paulista foi finalmente ligada ao Rio por trilhos. Havia mudança de bitola em Cachoeira Paulista, mas havia trem.
Isso não significava que todos viajassem agora por trem. Alguns viajaram, por muitos anos ainda, por navio no trecho Rio-Santos e nesta cidade tomavam o trem da São Paulo Railway para São Paulo.
E isso durou muitos anos. Difícil de saber por quanto tempo, mas, dos anos 1870 a 1890 ainda este tipo de viagem era feita. Em 1908 ficou mais fácil: a bitola do ramal da Central do Brasil foi unificada, havendo a partir daí mais velocidade e menos tempo para ligar as duas cidades.
Os automóveis e ônibus, a partir dos anos 1920, passaram a viajar pela Estrada Velha Rio-São Paulo por muito mais vezes. Em 1952, a estrada foi modernizada, retificada e duplicada em quase todo o trecho: era a Via Dutra.
Nos anos 1960, a duplicação foi construída pela Serra do Mar a partir do Alto Vale do Paraíba. Hoje, são cinco horas em média entre uma cidade e outra, fora os congestionamentos de praxe nas áreas metropolitanas paulistana e fluminenses.
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