sexta-feira, 5 de junho de 2009

TRÊS DIAS FORA DA GALÁXIA


Sem poder sair do hospital, aliás, nem do quarto, fica mais difícil de ter alguma ideia do que escrever. Porém, aí basta abrir um site qualquer e já se vê que nestes dias o País não mudou nem um pouco.

Agora os sindicatos querem a estatização da GM do Brasil para “garantir os seus empregos”. Mais uma prova de que os cidadãos deste País não são iguais entre si, fato que a Constituição diz que são.

Por que então não garantir o emprego de todos os empregados? Ora, porque até um governo imbecil sabe que isso é impossível. Quebraria todas as empresas privadas e caso estatizadas quebraria o País. Os sindicalistas sabem disso, mas quem disse que eles se importam com algo que não seja as próprias vidas?

Sabem que os ingênuos que dirigem no Sindicato acreditam neles e que as chances de conseguirem um cargo político é grande. Incrível a cegueira dos empregados deste País.

Só falta o senhor Presidente concordar e resolver estatizar a GM aproveitando a célebre frase “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”. Tudo é possível nesta terra de Deus. É fácil perceber, para qualquer pessoa que presta um pouco de atenção n que se passa à sua volta, que a estabilidade no emprego leva fatalmente a uma menor produtividade, a um menor esforço.

Em teoria, o que deveria acontecer era que, sem medo de perder o emprego e o salário, o empregado poderia produzir mais e melhor. Na prática, não é o que acontece, salvo as gloriosas exceções. Mesmo assim, insiste-se em tentar fazer garantias de desemprego, assim como se insiste em não privatizar empresas porque “tal empresa é nossa”. Nossa, de quem? Do governo, que em teoria somos nós? Não somos, não. Como no outro caso, basta atentar para o que existe em volta.

Apesar disto, eu, que era a favor das estatizações, desiludi-me muito. A maior parte delas levou a serviços muito ruins por parte dos concessionários e um dos motivos é a falta de controle e fiscalização pelos órgãos do governo. Ou seja: ruim com a privatização, pior sem ela.

Daqui a pouco vou para a sala de cirurgia e durante uns três dias perderei contato com o mundo real. O que acontecerá quando eu abrir o jornal no quarto dia?

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