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sábado, 3 de dezembro de 2011

FESTA NO PACAEMBU

Folha da Manhã, 26/4/1940

Neste domingo, teremos uma decisão do mais importante campeonato de futebol da América e um dos mais importantes do mundo no romântico Estádio Municipal do Pacaembu.
Folha da Manhã, 26/4/1940

Estádio que já foi pequeno em tempos não tão remotos - hoje cabem cerca de 40 mil torcedores, se tanto -, mesmo assim somente estará sendo utilizado para um jogo que por acaso decide o campeonato de 2011 simplesmente por causa de uma briga política imbecil entre dois presidentes de clubes que, pelo tipo de atitudes que têm tomado, jamais deveriam ter ocupado esses postos em seus clubes. Utilizar o Estádio do Morumbi, em termos financeiros, teria sido muito melhor negócio para o mandante do jogo.

O Pacaembu, por sua história e beleza, é, sem dúvida, o mais bonito estádio paulista e, pelos projetos que vejo nos dois estádios que estão sendo construídos hoje, Parque Antártica e Itaquera, continuará sendo-o.
Folha da Manhã, 27/4/1940

Foi inaugurado em 27 de abril de 1940. Nesta postagem, algumas das homenagens e anúncios que foram publicados na sua inauguração nesse ano. Algumas, bem ufanistas, colocando donos de empresas da época como grandes heróis. Típicos da época do Estado Novo de Vargas.

Enfim, uma boa homenagem para o velho e charmoso estádio.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

UMA PRAÇA QUE (COMO OUTRAS) NÃO EXISTE

Passei hoje no final da tarde de ônibus pela praça Clemente Ferreira. Como? Onde é esta praça? Ora, é uma das inúmeras praças de São Paulo que tem nome, mas não são praças, são somente um jardinzinho um pouco mais largo do que outros de calçadas ou de canteiros centrais de avenidas. Somente me lembro do nome porque, de repente, bati com os olhos na placa azul.

Esta, no entanto, tem este nome desde tempos mais antigos, quando ela era efetivamente uma pracinha. Eu me lembro dela, ainda sem aquele viaduto em cima, que efetivamente, deixou apenas um mini-jardim ao lado de uma enorme coluna de concreto. Este logradouro fica entre as avenidas Rebouças e Doutor Arnaldo, no local exato em que elas começam, pouco antes do Hospital das Clínicas, para quem vem da rua da Consolação.
Em 1930, a praça Clemente Ferreira não tinha nome nem tinha o canteiro triangular que nos anos 1960 possuía. Ela está na bifurcação das avenidas Rebouças e Doutor Arnaldo; não confundir com a outra pracinha ao lado, entre a Rebouças e a Consolação, com a alameda Santos
Até 1967-68, quando começaram as obras para se fazer o túnel que hoje liga a avenida Rebouças com a avenida Doutor Arnaldo e rua Major Natanael (aquela ladeira que sai da frente do Instituto Emílio Ribas e desce para o Estádio do Pacaembu), essa pracinha - que, como disse, já tinha esse nome - era em "campo aberto" e triangular. Funcionava como uma espécie de "rotunda" ou "balão", como nós paulistanos a chamamos.

Quem vinha da rua da Consolação (ainda estreita na época) para a Doutor Arnaldo seguia para esta costeando a praça pela direita, na parte alta. Os trilhos do bonde acompanhavam esse caminho. Nesse início da Doutor Arnaldo, a rua era pista simples. Para esses carros que vinham do centro e queriam descer a Rebouças, eles entravam à esquerda no lado menor da pracinha triangular, na época, reto e não em arco como é hoje e entravam à direita na pista que descia a Rebouças.

Para quem vinha da Rebouças de Pinheiros, bastava seguir reto pela hipotenusa da praça (que era a continuação da Rebouças e tinha duas pistas com um canteirinho central, como o resto desta avenida) e entrar na Consolação direto para o centro. As duas pistas tinham a mesma mão, para cima, já que ali já era a Rebouças, em desnível com a Doutor Arnaldo.

As obras dilapidaram tudo isso. A Rebouças manteve suas duas pistas, agora rebaixadas e a que segue para Pinheiros é acessada por um túnel que tem as outras bocas na Paulista e na Consolação. A praça, como escrevi, praticamente sumiu, mas manteve o nome, de forma a atrapalhar quem quer se localizar. O túnel foi mal feito, de forma que uma curva muito fechada para a direita na saída da Major Natanael tornou-se, e o é até hoje, uma curva perigosíssima, onde as marcas de raspagens de automóveis na parede esquerda do túnel após a bifurcação interna são sempre visíveis.