Serão estes os péssimos serviços da CPTM?
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A Rede Globo e a a Rede Bandeirantes, nos últimos dias, sei lá se por coincidência ou não, apresentaram reportagens sobre os trens metropolitanos - metrô e CPTM - em São Paulo. Além disso, houve, ou haverá, também reportagens sobre os do Rio de Janeiro. Não sei quanto a outras cidades que também os possuem.
Os jornalistas - inclusive Ricardo Boechat, âncora do Jornal da Band das 19:20 - estavam nas plataformas e trens de diversas linhas paulistanas. Criticaram demais o serviço - especialmente que os trens e plataformas estão lotadas nos horários de pico.
Criticaram bastante o governo do Estado de São Paulo, direta ou indiretamente - afinal, são eles os donos da Cia. do Metrô e da CPTM -, pela forma com que tratam os trens e essa "situação insuportável" por que passam os passageiros. Uma das linhas mostradas foram duas das linhas de que mais me utilizo, a linha 8 e a 9, ambas ex-Sorocabana e FEPASA (tronco SP-Itapevi e ramal de Jurubatuba, Osasco-Grajaú).
Sinceramente, não entendi. Quais foram as soluções propostas pelos jornalistas? Nenhuma. Nenhuma, porque não conhecem o assunto e porque não sabem quais são as soluções.
Eu, que não conheço grande coisa - falando em termos técnicos e em que pode ser feito - nem muito menos trabalho nas empresas, sou usuário diário. E não vejo nenhum grande problema. Há horários de pico cheios? Há sim. Mas, fazer o que?
Os trens são limpos e asseados, as linhas e as estações também. Elas se enchem porque esta é uma cidade de 12 milhões de habitantes. Mesmo que ampliemos as linhas - que se estendem a municípios vizinhos, sendo que uma delas, a linha 7 ex-Santos-Jundiaí (trecho Luz-Jundiaí), sai da Grande São Paulo - o problema continuará. Qualquer linha que se construa - e há várias em projeto, sendo três já sendo construídas (linha 13, que liga a Cumbica, bem no começo das obras, a linha de monotrilhos - perdoem-me, não me lembro o número, mas liga a Marginal do Pinheiros a Congonhas - já mais adiantada e a linha 5, que já tem um trecho funcionando e onde agora se trabalha na ligação entre as estações Adolfo Pinheiro e a Chácara Klabin, um trecho bem extenso e totalmente subterrâneo, até onde sei - qualquer linha trará mais gente para os trens, pelo adensamento populacional promovido pela simples existência da linha, que facilita o transporte sem o uso de automóveis e de ônibus, que param em faróis e cruzamentos.
Duplicar linhas? Não há espaço; Aumentar o fluxo de trens? Até onde sei, o s das linhas de metrô estão perto dos limites de intervalos entre trens e os da CPTM, que têm intervalos maiores, trafegam sobre linhas antigas adaptadas e não podem em princípio alcançar o mesmo intervalo dos trens do metrô.
Os jornalistas, nas reportagens, incitam os passageiros a reclamarem - "este trem está cheio, hein?" e a resposta é sempre algo como "sim, muito ruim". Mas ninguém reclama quando tomo os trens no início das manhãs e no fim das tardes. Cada um na sua, falando ao celular, mexendo nos celulares ou i-pads, lendo revistas ou livros, dormindo - e isto tanto em pé quanto sentados. Outro comentou que os trens são antigos (cerca de 50 anos, mas foram reformados em 2006), mas ele é limpo e anda a velocidades iguais aos mais novos, que são a maioria. O probelma, então, é ele ser mais bonito ou mais feio? Todos são confortáveis.
Enfim, para mim, são o tipo de reportagem que não agregam nada e gera revolta onde ela não existe. Pelo menos em São Paulo. Os problemas que existem não foram abordados - trens que param quando a linha inunda (meio impossível de se evitar) e trens que param por falhas, geralmente no sistema elétrico (e que não ão tão comuns assim, embora sejam mais frequentes depois que o fluxo de passageiros nos trens de São Paulo aumentou muito a partir de 2009.
Então, Bandeirantes e Globo? Quais são as soluções? Quais são as suas intenções em fazerem essa crítica? Sinceramente - não entendi. Certamente, eles deveriam recuar no tempo e parar lá na década de 1990, nos trens imundos, de portas abertas, com gente pendurada nas portas, sem horários e com os famosos surfistas que passeavam pelos tetos dos trens, com alguns morrendo torrados de vez em quando. Aí sim vocês veriam o que eram linhas ruins.
Mostrando postagens com marcador linha 8 da CPTM. Mostrar todas as postagens
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quarta-feira, 25 de março de 2015
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
SONHOS DE UMA NOITE DE INVERNO: ESTAÇÕES DA LAPA, SÃO PAULO, SP
Em junho de 2012, o jornal O Estado de S. Paulo publicou um artigo mostrando um projeto de união das duas estações da Lapa da CPTM. Uma é originária da SPR, depois E, F, Santos a Jundiaí e outra, da Sorocabana.
Elas ficam a cerca de, digamos, 500 metros uma da outra. Para quem está na Lapa "de cima" (do lado "de cá" da linha e quer passar para a Lapa "de baixo", pode-se fazê-lo por duas passagens construídas pelas ferrovias, ambas juntas a cada uma das estações. Os túneis são verdadeiros covis de morcego. O da EFSJ é mais largo e cheio de camelôs. O da Sorocabana é estreito e enche-se de água com facilidade.
Então, diz a lógica que o ideal seria unir as duas para servirem de transbordo, que, hoje, somente se faz pela rua e pagando nova passagem, mesmo continuando na mesma empresa, que hoje é a CPTM. Lapa, linha 7 e Lapa, linha 8, se quiserem.
Ambas as estações são bastante feias, especialmente a da ex-Sorocabana, linha 8.
A maquete do projeto está aí em cima.
Depois dessa reportagem, que obviamente o jornal obteve da própria CPTM, nada mais se falou sobre isso. Inclusive, as linhas seriam enterradas, pelo menos naquele pronto, À semelhança do metrô paulistano.
Em que gaveta estará? Em qual lata de lixo foi atirado? Já fazem dois anos e meio que isso foi dado á luz.
Não que eu ache que é muito necessário. Por isso, pouco me importa se sair ou não. A reportagem, incluindo as figuras reproduzidas acima, ocupava meia página do jornal. Nem vale a pena descrever o resto, por que não vai sair mesmo e, se um dia sair, com certeza será algo diferente.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
TRAJETO DE HOJE NOS TRENS PAULISTANOS
Estação de Barueri. Foto Carlos Roberto de Almeida
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Bom, em São Paulo City e vizinhanças ainda tem trem. Sim, são trens metropolitanos, antigos trens de subúrbio, cheios de gente em pé, é a função deles: a densidade populacional é muito maior do que a que acompanha as linhas dos trens de passageiros de longa distância - que, aliás, não existem mais
Por isso, as portas são laterais, não há poltronas, há bancos de plástico fixas - acredito que nos mais antigos (os da antiga linha Santos-Jundiaí) sejam de fibra, mas são bons. A maioria, muito bons, sempre limpos, tanto eles, quanto as estações quanto as linhas. Realmente, o metrô e a CPTM fazem um bom trabalho em São Paulo.
Hoje trafeguei bastante. Evito o trânsito horroroso da cidade e da Castelo Branco, das Marginais... e ando de graça (sou "idoso"), não preciso pagar pedágio, pois deixo o carro em Barueri.
Fazendo as contas, passei por mais estações do que o normal, pois antes de ir ao escritório, precisei deixar um documento na Liberdade, quase centro de São Paulo. Embarquei em Barueri (linha 8, ex tronco-EFS), passei por Antonio João, Santa Teresinha, Carapicuíba, Miguel Costa, Quitaúna, Comandante Sampaio, Osasco, Presidente Altino, Imperatriz Leopoldina, Domingos de Moraes, Lapa e Barra Funda. Aí mudei para a linha 2 e passei por Marechal Deodoro, Santa Cecília, República, Anhangabaú e Sé.
Troquei de linha na Sé - para a linha 1 - e passei pela Liberdade para descer na São Joaquim. Entreguei o documento, voltei para a São Joaquim, segui pela Liberdade, Sé, São Bento e Luz. Aqui desci e passei para a linha 4, onde passei pelas estações da República, Paulista, Fradique Coutinho e cheguei na Faria Lima, onde desci e fui para o escritório.
No final da tarde, embarquei na linha 9 na estação Rebouças, passei por Pinheiros, Cidade Universitária, Jaguaré, Ceasa e cheguei a Presidente Altino, onde voltei para a linha 8 e segui via Osasco, Comandante Sampaio, Quitaúna, Miguel Costa, Carapicuíba, Santa Teresinha, Antonio João, para finalmente descer em Barueri, tomar meu carro e ir para casa. Sem trânsito e sem desgaste (stress, se preferirem).
Foram, contando estações onde passei duas vezes, 43 estações e um percurso não contínuo de aproximadamente 57 quilômetros de linha férrea.
Nada contra, realmente. Atualmente, ando de trem praticamente todos os dias de semana e faço em geral cerca de 45 quilômetros por dia. Hoje foi uma exceção.
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Bom, em São Paulo City e vizinhanças ainda tem trem. Sim, são trens metropolitanos, antigos trens de subúrbio, cheios de gente em pé, é a função deles: a densidade populacional é muito maior do que a que acompanha as linhas dos trens de passageiros de longa distância - que, aliás, não existem mais
Por isso, as portas são laterais, não há poltronas, há bancos de plástico fixas - acredito que nos mais antigos (os da antiga linha Santos-Jundiaí) sejam de fibra, mas são bons. A maioria, muito bons, sempre limpos, tanto eles, quanto as estações quanto as linhas. Realmente, o metrô e a CPTM fazem um bom trabalho em São Paulo.
Hoje trafeguei bastante. Evito o trânsito horroroso da cidade e da Castelo Branco, das Marginais... e ando de graça (sou "idoso"), não preciso pagar pedágio, pois deixo o carro em Barueri.
Fazendo as contas, passei por mais estações do que o normal, pois antes de ir ao escritório, precisei deixar um documento na Liberdade, quase centro de São Paulo. Embarquei em Barueri (linha 8, ex tronco-EFS), passei por Antonio João, Santa Teresinha, Carapicuíba, Miguel Costa, Quitaúna, Comandante Sampaio, Osasco, Presidente Altino, Imperatriz Leopoldina, Domingos de Moraes, Lapa e Barra Funda. Aí mudei para a linha 2 e passei por Marechal Deodoro, Santa Cecília, República, Anhangabaú e Sé.
Troquei de linha na Sé - para a linha 1 - e passei pela Liberdade para descer na São Joaquim. Entreguei o documento, voltei para a São Joaquim, segui pela Liberdade, Sé, São Bento e Luz. Aqui desci e passei para a linha 4, onde passei pelas estações da República, Paulista, Fradique Coutinho e cheguei na Faria Lima, onde desci e fui para o escritório.
No final da tarde, embarquei na linha 9 na estação Rebouças, passei por Pinheiros, Cidade Universitária, Jaguaré, Ceasa e cheguei a Presidente Altino, onde voltei para a linha 8 e segui via Osasco, Comandante Sampaio, Quitaúna, Miguel Costa, Carapicuíba, Santa Teresinha, Antonio João, para finalmente descer em Barueri, tomar meu carro e ir para casa. Sem trânsito e sem desgaste (stress, se preferirem).
Foram, contando estações onde passei duas vezes, 43 estações e um percurso não contínuo de aproximadamente 57 quilômetros de linha férrea.
Nada contra, realmente. Atualmente, ando de trem praticamente todos os dias de semana e faço em geral cerca de 45 quilômetros por dia. Hoje foi uma exceção.
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